Câmara discute mensagem que regulamenta instalação de tecnologia 4G

por Assessoria Comunicação publicado 04/10/2013 19h10, última modificação 20/09/2021 10h12
A Câmara de Curitiba iniciou o debate da mensagem do prefeito (44/2013) que dispõe sobre os parâmetros de ocupação do solo e sistematização para licenciamento de implantação de estações de telecomunicações, inclusive para a tecnologia 4G. As comissões de Legislação e de Urbanismo e Obras Públicas reuniram-se nesta sexta-feira (4) com o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), a Associação Comercial do Paraná (ACP) e a prefeitura para debaterem o projeto, que passará pelos colegiados a partir da próxima semana.

“Estamos avaliando uma adequação da lei atual para garantir o atendimento do interesse público por um sistema de telefonia melhor e que ao mesmo tempo respeite questões urbanísticas e de meio ambiente”, disse o líder do prefeito, vereador Pedro Paulo (PT).

A nova proposta (000.00408.2013) deve revogar a atual (11.535), elaborada em 2005. “A lei tem que se modernizar, acompanhar o avanço das telecomunicações. Estivemos abertos a negociações com as operadoras para chegar a uma proposta que contemple a todos”, salientou Serginho do Posto (PSDB), lembrando que a ideia é que as estações e antenas transmissoras não causem grande impacto na paisagem da cidade, tampouco transtornos ambientais.

Felipe Braga Côrtes (PSDB) lembrou que há cerca de dois anos o Legislativo tem realizado reuniões com o segmento para chegar a um acordo. “No ano passado fizemos quatro audiências públicas junto ao SindiTelebrasil e a prefeitura para tentar readequar a lei”, disse.

O diretor do SindiTelebrasil, Luiz de Melo Junior, discutiu, ponto a ponto, os artigos da mensagem e pediu algumas mudanças. Entre elas o aumento do prazo para adequação aos novos termos, no projeto estabelecido em 180 dias. Também falou sobre a necessidade de se instalar torres treliçadas em locais onde o alcance dos postes não atende à demanda da área em questão. “Foi iniciado um processo de negociações, mas vamos trabalhar para tentar melhorar”, avaliou.

Para o vice-presidente da ACP, Emmanuel Gazda, a proposta é melhor que a lei atual. “Traz alguns progressos, mas há uma grande expectativa para o detalhamento das regras, que será feito por meio de decreto”, disse, acrescentando que a entidade tem interesse em melhorar o sistema de telefonia para trazer benefícios para o setor comercial.

Paulo Valério, assessor legislativo da prefeitura, ressaltou que houve um esforço da prefeitura, de acordo com as reivindicações das operadoras, para desburocratizar o licenciamento. “O que fizemos com esta legislação foi o máximo que se conseguiu chegar, nas áreas técnicas, para facilitar o processo”. No entanto, deixou claro que não é possível abrir mão de muitas questões ambientais e urbanísticas.  
    
Trâmite

A vereadora Julieta Reis (DEM), presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação, disse que a mensagem deve ser distribuída na semana que vem a um relator. Caso seja acatada pelo colegiado, passará ainda pela avaliação das comissões de Meio Ambiente e de Urbanismo, antes de ser votada em dois turnos no plenário. Após sanção do prefeito, entra em vigor na data de sua publicação.