Câmara devolve mais R$ 6 milhões à Prefeitura e economiza R$ 74 milhões em 2017
Nesta quarta-feira (20), durante a visita do prefeito Rafael Greca ao Legislativo, na última sessão plenária do ano, o presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Serginho do Posto (PSDB), anunciou que mais R$ 6 milhões estão sendo devolvidos ao Poder Executivo. Com isso, em 2017, o Legislativo totalizou uma economia de R$ 74 milhões aos cofres públicos do Município. “Fizemos isso para, nesse momento sensível, ajudar a Prefeitura de Curitiba a manter os serviços da cidade, prestados todos os dias à população”, disse o presidente Serginho do Posto.
Primeiro, a Câmara Municipal abriu mão da integralidade do orçamento a que teria direito neste ano, que seria de R$ 181,8 milhões, optando por um limite inferior de R$ 148,7 milhões. Essa decisão resultou em R$ 33 milhões de incremento ao Executivo durante o ano. Depois, no segundo semestre, o Legislativo repassou mais R$ 35 milhões à Prefeitura de Curitiba, resultado da revisão de contratos e da devolução do duodécimo de outubro. Por fim, nesta semana, com o fechamento da contabilidade, outros R$ 6 milhões foram direcionados ao Executivo – totalizando R$ 74 milhões de economia em 2017.
“Todos os contratos, num total de 68, foram analisados e revistos. As renegociações e repactuações resultaram em uma economia financeira direta de R$ 2,88 milhões. As compras foram feitas com economia; os contratos, baixamos ou mantivemos os valores com melhoria na prestação de serviços”, explicou Serginho do Posto, que na apresentação em plenário ressaltou, por exemplo, o baixo custo da frota de veículos locados pela instituição. “Não existe frota mais barata”, elogiou.
O presidente da Câmara Municipal também destacou a mudança na administração da folha de pagamento, que passou para a Caixa Econômica, numa parceria que rendeu R$ 1,15 milhão ao Legislativo. “Tínhamos um banco privado há nove anos sem renovação de contrato”, comentou Serginho do Posto, acrescentando que as aplicações financeiras dos recursos da instituição geraram R$ 2,1 milhões a mais aos cofres públicos.
“Há na Câmara o fortalecimento da cultura da economicidade, da sustentabilidade e do controle permanente dos gastos”, disse Serginho do Posto aos vereadores. Citando o diretor-geral da Câmara, Nilton Cordoni, Serginho elogiou os diretores e os funcionários, “que colaboraram para que nós chegássemos a esse resultado, com mudança de postura e comprometimento”. “Mesmo com 17 aposentadorias de servidores efetivos, os trabalhos continuaram, não sofrendo interrupções”, frisou o presidente, elogiando os funcionários da instituição e frisando que, “mesmo com o momento difícil, nós mantivemos aos servidores o reconhecimento dos seus direitos”.
Serginho do Posto destacou que, mesmo com economias, houve espaço para investimentos na Câmara Municipal, com aquisição de equipamentos e intervenções prediais, no valor de R$ 265 mil. “Os serviços de instalação da rede de ar condicionado foram concluídos, assim como os de acessibilidade, e foram iniciados novos projetos, como o sistema de para-raios, melhoria na luminosidade das salas e readequação de espaços e setores, como a cobertura do acesso interno ao Anexo II. Também foi dado início a 12 projetos de modernização da Câmara, que serão realizados a partir de janeiro, durante o recesso, quando as equipes de obras físicas farão adequações estruturais”, adiantou.
“Foi um ano difícil, um ano duro. A Câmara demonstra, na sua resiliência, a capacidade de superar esse momento. A Câmara atendeu a necessidade da população. Tendo em vista uma nova postura orçamentária da prefeitura, esta Câmara entendeu em ajudar a resolver o passivo deixado pela gestão anterior. De novo. Falo "de novo" porque, pela segunda vez, gestões passadas deixaram [um problema] no orçamento da cidade”, concluiu Serginho do Posto, que chamou de “dias tristes” quando as sessões plenárias tiveram de ser realizadas na Ópera de Arame, durante a votação de projetos do chamado Plano de Recuperação. “Tivemos momento tensos, com invasões. Faço meu desagravo a todos os vereadores que sofreram violência física, ou pelas redes sociais… Essa crise tem nome e sobrenome, e isso não envolve os nomes dos vereadores”.
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