Câmara destaca trabalho do fundador da Pró-Hansen
O histórico de vida e trabalho do professor, médico e pesquisador Ruy Noronha Miranda, falecido em 2010, que idealizou o centro de pesquisas da Fundação Pró-Hansen, foi professor emérito da UFPR, presidente da Academia Paranaense de Letras e vice-presidente da Associação Médica Brasileira, foi destacado na Câmara Municipal de Curitiba, nesta semana.
Projeto de lei que indica seu nome para um dos equipamentos públicos da capital foi aprovado nos dois turnos de votação. Todos os vereadores foram unânimes em reconhecer a relevância do trabalho social, clínico e de pesquisas sobre a hanseníase deixado por ele.
Ruy Miranda formou-se em 1938, na Universidade Federal do Paraná, e foi um dos fundadores do Conselho Regional de Medicina há mais de meio século, além de integrar o primeiro grupo de conselheiros da entidade médica. Também foi um dos primeiros médicos a receber o diploma de mérito ético profissional do CRM-PR. Sempre chamou atenção por sua disposição e prestigiamento à categoria médica, exemplo dado pelo iminente professor como forma de incentivo aos colegas.
Hanseníase
Ruy Noronha Miranda fundou o Serviço de Dermatologia do Hospital de Clínicas da UFPR na década de 60 e, junto às suas atividades de médico, professor, escritor e filósofo teve interesse particular no estudo da hanseníase, possuindo grande número de produções a este respeito. Na fundação que criou comparecia praticamente todas as tardes para dar a sua contribuição ao trabalho. Sua vida profissional sempre foi dedicada às causas da hanseníase. A formação da instituição filantrópica idealizada por ele e por uma equipe de pesquisadores, em 1990, ocorreu com o intuito de investir em pesquisa, ensino e assistência médico-social para diminuir o sofrimento dos portadores da doença. De acordo com os relatos do médico Dráuzio Varella, a bactéria Mycobacterium leprae, responsável pela hanseníase, foi descrita por Hansen (nome do cientista que deu origem à palavra hanseníase) em 1873. Essa bactéria tem importância histórica porque foi a primeira a ser reconhecida como causadora de uma doença. Na Bíblia, são descritos casos dessa doença infectocontagiosa que atacava principalmente a pele, os olhos e os nervos. As deformidades que provocava eram motivo para seus portadores serem excluídos do convívio social. Considerada castigo dos deuses, os doentes eram recolhidos em leprosários, onde ficavam até morrer. Resultado de pesquisas científicas, inclusive as que Ruy Miranda promoveu, hoje há cura para o mal.
Academia
Miranda ocupava, ainda, a cadeira número 25 da Academia Paranaense de Letras e também escreveu por mais de três décadas colunas semanais nas páginas do jornal Gazeta do Povo. Nascido no Rio Grande do Sul, era filho de militar e, por isso, veio morar em Curitiba ainda jovem. Aqui, construiu uma vida de trabalho à cidade, cujo legado principal está presente na Fundação Pró Hansen e, conforme os vereadores, deve ter o nome perpetuado num dos equipamentos públicos, “para que não se percam fatos históricos que enriquecem a vida desta cidade”.
Projeto de lei que indica seu nome para um dos equipamentos públicos da capital foi aprovado nos dois turnos de votação. Todos os vereadores foram unânimes em reconhecer a relevância do trabalho social, clínico e de pesquisas sobre a hanseníase deixado por ele.
Ruy Miranda formou-se em 1938, na Universidade Federal do Paraná, e foi um dos fundadores do Conselho Regional de Medicina há mais de meio século, além de integrar o primeiro grupo de conselheiros da entidade médica. Também foi um dos primeiros médicos a receber o diploma de mérito ético profissional do CRM-PR. Sempre chamou atenção por sua disposição e prestigiamento à categoria médica, exemplo dado pelo iminente professor como forma de incentivo aos colegas.
Hanseníase
Ruy Noronha Miranda fundou o Serviço de Dermatologia do Hospital de Clínicas da UFPR na década de 60 e, junto às suas atividades de médico, professor, escritor e filósofo teve interesse particular no estudo da hanseníase, possuindo grande número de produções a este respeito. Na fundação que criou comparecia praticamente todas as tardes para dar a sua contribuição ao trabalho. Sua vida profissional sempre foi dedicada às causas da hanseníase. A formação da instituição filantrópica idealizada por ele e por uma equipe de pesquisadores, em 1990, ocorreu com o intuito de investir em pesquisa, ensino e assistência médico-social para diminuir o sofrimento dos portadores da doença. De acordo com os relatos do médico Dráuzio Varella, a bactéria Mycobacterium leprae, responsável pela hanseníase, foi descrita por Hansen (nome do cientista que deu origem à palavra hanseníase) em 1873. Essa bactéria tem importância histórica porque foi a primeira a ser reconhecida como causadora de uma doença. Na Bíblia, são descritos casos dessa doença infectocontagiosa que atacava principalmente a pele, os olhos e os nervos. As deformidades que provocava eram motivo para seus portadores serem excluídos do convívio social. Considerada castigo dos deuses, os doentes eram recolhidos em leprosários, onde ficavam até morrer. Resultado de pesquisas científicas, inclusive as que Ruy Miranda promoveu, hoje há cura para o mal.
Academia
Miranda ocupava, ainda, a cadeira número 25 da Academia Paranaense de Letras e também escreveu por mais de três décadas colunas semanais nas páginas do jornal Gazeta do Povo. Nascido no Rio Grande do Sul, era filho de militar e, por isso, veio morar em Curitiba ainda jovem. Aqui, construiu uma vida de trabalho à cidade, cujo legado principal está presente na Fundação Pró Hansen e, conforme os vereadores, deve ter o nome perpetuado num dos equipamentos públicos, “para que não se percam fatos históricos que enriquecem a vida desta cidade”.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba