Câmara defende reajuste justo para a tarifa do transporte

por Assessoria Comunicação publicado 22/02/2013 19h50, última modificação 10/09/2021 12h17
A Câmara Municipal de Curitiba participou da audiência pública para discutir o aumento da tarifa do transporte coletivo na capital e região metropolitana. Os parlamentares disseram que vão acompanhar a discussão e defender uma tarifa justa. A Urbanização de Curitiba (URBS) calcula que o valor técnico da passagem, que hoje é de R$ 2,90, seja reajustado para R$ 3,05. A tarifa paga atualmente pelo usuário é R$ 2,60. A diferença, R$ 0,30, é subsidiada pelo Governo do Estado.

O aumento da passagem está previsto em uma cláusula contratual, que determina adequação do preço ao custo anual do transporte. De acordo com o contrato, firmado em 2010, essa readequação precisa ser feita até o final deste mês. O debate transparente, entre operadores, gestores, trabalhadores e cidadãos que utilizam o sistema, foi defendido pelo líder do prefeito na Câmara, Pedro Paulo (PT).

“Vivemos um momento histórico no sistema de transporte coletivo, com a abertura do espaço para o debate do valor da tarifa”, frisou. Ainda para o parlamentar, os usuários devem ser ouvidos porque são eles que movem o sistema. “Por isso, a Câmara de Curitiba vai acompanhar esse processo. Vai dar sua contribuição. Para que a tarifa seja justa para todos”.

Também em nome dos vereadores, Professora Josete (PT), reafirmou o compromisso, ressaltando que o Legislativo precisa ter acesso a dados atualizados sobre os índices que influenciam o custo da tarifa. De acordo com o presidente da URBS, Roberto Gregório da Silva Junior, a autarquia vai conduzir esse processo com diálogo e transparência.

Os custos da tarifa

Hoje, a tarifa paga pelo usuário, R$ 2,60, é menor que a técnica, R$ 2,90, porque é subsidiada pelo governo estadual. O convênio entre estado e município, que garante o repasse de R$ 0,30 por passagem, termina em maio. No entanto, a URBS já encaminhou à Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) uma solicitação de renovação do mesmo.   

A nova tarifa passa a vigorar a partir de março, mas o valor final para o usuário, só será definido após o reajuste dos salários de motoristas e cobradores. A remuneração da categoria, bem como encargos e salários, influenciou o custo da tarifa técnica fixada em fevereiro de 2012 em cerca de 45%. Outros insumos básicos que determinam o valor da passagem são diesel e lubrificantes, rodagem, depreciação e acessórios e rentabilidade.

O sistema

Em Curitiba, 11 empresas, reunidas em três consórcios, atuam no transporte coletivo. O contrato com a URBS foi firmado em 2010, após licitação pública. Estes consórcios também atuam na região metropolitana, juntamente com outras 13 empresas permissionárias da Comec.

A frota que atende a Rede Integrada de Transportes, que envolve Curitiba e outros 13 municípios, é de 2.200 veículos. Por dia, são cerca de 2,3 milhões de passageiros transportados, sendo 1,1 milhão de pagantes. A tarifa técnica é o custo do transporte divido pelo número de passageiros pagantes, sendo o valor real por passageiro pago às empresas de ônibus.

Presenças

A audiência contou com a presença do presidente da Câmara, Paulo Salamuni (PV); da bancada do PSC, com o líder Mestre Pop, Rogerio Campos, Tiago Gevert e Carla Pimentel; além dos vereadores Cristiano Santos (PV), Helio Wirbiski (PPS), Julieta Reis (DEM), Valdemir Soares (PRB), Serginho do Posto e Professor Galdino, do PSDB, Noemia Rocha (PMDB), Cacá Pereira (PSDC) e Chico do Uberaba (PMN).

Sindicatos, associações e entidades ligadas ao transporte coletivo também participaram do debate. Entre os presentes, o presidente da Confederação Nacional dos Usuários de Transportes Coletivos, Rodoviários, Ferroviários e Aéreos (CONUT), José Felinto; o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Anderson Teixeira; e o prefeito de Pinhais e presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), Luizão Goulart (PT).