Câmara debaterá atuação de empresas de segurança

por Assessoria Comunicação publicado 30/10/2007 19h55, última modificação 18/06/2021 07h11
A violência de agentes de segurança privada contra vítimas anônimas ou não será tema de debate das comissões de Urbanismo e Obras Públicas e Segurança Pública e Defesa da Cidadania da Câmara de Curitiba, na reunião da próxima terça-feira (6), às 14h30. Convite para a participação de todos os parlamentares no encontro foi feito pela presidente da Comissão de Urbanismo, vereadora Roseli Isidoro (PT), que abordou o tema na sessão plenária desta terça-feira (30).
“Nossa função não é apenas legislar, mas também discutir questões que acontecem na cidade, como mais este tipo de violência urbana. É preciso tomar providências urgentes, respondendo aos anseios e medos da população, que acompanha há cerca de 20 dias o tema pautado na imprensa”, disse. A parlamentar informou que atualmente em Curitiba há 91% de clandestinidade na segurança, abrangendo motoboys em ruas e condomínios, empresas privadas, casas noturnas e shoppings.
Convidados
Nas comissões, os vereadores deverão ouvir o superintendente da Polícia Federal, Jaber Makul Honno; o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana, João Soares; o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (Sindesp), Jefferson Nazario, e representantes do Centro de Apoio Operacional do Ministério Público e da Secretaria Municipal da Defesa Social. Os convidados irão debater sobre treinamento, exame de seleção, processos de contratação, incluindo exames psicológicos e emocionais, e outros temas relacionados aos agentes e empresas.
Escolas
O medo da violência praticada recentemente foi levantado na sessão também pelos vereadores Pastor Gilso de Freitas (PSDB), Custódio da Silva (PR) e Elias Vidal (PP). A segurança nas escolas e creches feita pela empresa Centronic foi levantada pelo vereador Elias Vidal, que atendeu diretores dos estabelecimentos de educação, preocupados com as notícias veiculadas. Querem saber mais sobre a empresa e os profissionais que atuam dentro das escolas. “Há rumores de que a empresa trabalha irregularmente, burlando a legislação, e que seus funcionários não têm cursos específicos nem competência para prestar o tipo de serviço a que se propõem”, disse Vidal, baseado nas declarações prestadas pelo superintendente da Polícia Federal e pelo presidente do sindicato da categoria. Para finalizar, pediu que a empresa seja afastada das atividades nas instituições de ensino, até que se prove sua idoneidade e capacitação para o serviço.