Câmara debate transtornos causados por greve no transporte

por Assessoria Comunicação publicado 26/02/2014 14h35, última modificação 22/09/2021 07h42
A greve no transporte coletivo foi tema de debates na sessão desta quarta-feira (26) da Câmara Municipal. “Está aí o reflexo da paralisação da categoria. A cidade vira o caos”, disse o vereador Rogério Campos (PSC), da diretoria do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc).

Campos, que criticou as condições de trabalho e a insegurança enfrentada pela categoria, pediu intervenção da Casa nas negociações para encerrar a greve, junto ao Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR). Já para Jorge Bernardi (PDT), a paralisação tem todos os indícios de “lockout” (que é quando o patrão incentiva). “Deve-se investigar. Os empresários querem continuar explorando a tarifa”, afirmou o parlamentar, que presidiu a CPI do Transporte Coletivo.

"Greve é um direito dos trabalhadores, mas os usuários não devem pagar por isto. Tem que sair do lucro dos empresários", avaliou a Professora Josete (PT). Felipe Braga Côrtes (PSDB) defendeu que a Câmara investigue o repasse de dinheiro ao Sindimoc (o Fundo Assistencial é um dos itens que compõe a tarifa técnica). “O repasse ao sindicato dos motoristas chega a R$ 10 milhões por ano", disse.

Recebida na sessão desta quarta, a nova presidente da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES), Camila Lanes, comentou a greve. Ela alertou sobre as dificuldades de deslocamento encontradas por milhares de estudantes, devido à paralisação, mas defendeu a promoção da qualidade de vida dos trabalhadores. Também comentou a questão tarifária e fez críticas à Urbs. Para ela, se as empresas de transporte estão falidas, “então se retirem da prestação de serviços”.