Câmara debate Plano Municipal de Educação

por Assessoria Comunicação publicado 02/06/2006 16h05, última modificação 09/06/2021 16h05
“Garantir melhores condições de trabalho dos profissionais da educação com formação continuada, menor carga horária, melhor piso salarial, aumentar o número de profissionais, funcionários profissionalizados e currículos mais adaptados a que as escolas estão inseridas foram algumas das reivindicações apresentadas pelos participantes do 1º Seminário sobre o Plano Municipal de Educação promovido no Anexo II, da Câmara de Curitiba nesta quinta-feira (01/06).
A iniciativa, da vereadora professora Josete (PT), que objetiva entender a lógica do sistema educacional de Curitiba foi desenvolvido em duas partes distintas. Pela manhã, falaram os palestrantes Cleiton Maranhão, do Ministério Público especialista em educação do Centro de Apoio e Proteção a Educação e, o doutor em educação Rubens Barbosa de Camargo, da Faculdade de Educação da USP e secretário da cidade de Suzano, em São Paulo.
A partir dos grupos de estudo formados na parte da tarde, surgiram as reivindicações citadas e que "visam garantir um espaço mais democrático, onde as pessoas participem ativamente dos processos da cidade", na opinião da autora do evento.
Na presidência da mesa de trabalho, o primeiro vice-presidente do Legislativo, vereador Jair Cezar (PTB), disse que "não basta o assunto ser tratado somente pelo segmento oficial. É preciso que a sociedade organizada participe também".
O especialista em educação do Centro de Apoio e Proteção a Educação do Ministério Público, promotor Cleiton Maranhão, lembrou que o MP sempre esteve aliado a causa. Não só em Curitiba mas no país inteiro. Há mais de 100 anos temos verbas públicas vinculadas a educação, e ainda, temos dificuldades notórias. “Temos 30 milhões de brasileiros excluídos do sistema educacional”, justificou. As presidentes do Sismac e do Sismuc professoras Diana de Abreu e Marilena Silva, salientaram que a essência da formação do conselho municipal e do sistema seja democrático com a participação de todos.
Educação como direito
Rubens Barbosa de Camargo, doutor em educação, da Faculdade de Educação da USP e secretário de Educação de Suzano (SP) que participou da construção dos planos nacional e estadual de educação, destacou que “ um plano não é um pedaço de papel, ou uma lei. “É um processo de acumulação de lutas e interesses para se consagrar direitos”, comentou., acrescentando que precisamos saber de onde se esta partindo, quantas escolas, professores, crianças fora do ensino temos, bem como o nível desse ensino. Só assim conseguiremos um diagnóstico. “Precisamos ser profissionais, com formação permanente. Ter salários. Exigir prioridade do Estado neste sentido”, concluiu.
Comissão
Do resultado dos debates foi elaborado um documento para ser divulgado à comunidade. Também ficou acordado, na ocasião, que se formará uma Comissão de Sistematização que irá trabalhar as metas. “No segundo semestre, provavelmente, faremos um 2º Seminário”, adiantou Josete.
Presenças
O evento contou com a participação de trabalhadores em educação e crianças de escolas públicas que apresentaram números musicais. Presentes ainda, o deputado estadual Tadeu Veneri (PT); o presidente da APP Sindicato, José Rodrigues Lemos; a coordenadora Valéria Arias, da secretaria estadual de Educação; Sandra Baggio Schafhauzer, da Secretaria Municipal de São José dos Pinhais; a presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação do Paraná, Sérgio Gonçalves Lima; Rosália Kasburg da secretaria Municipal da Educação, além dos vereadores Serginho do Posto (PSDB) e André passos (PT). Durante a tarde, esteve presente o deputado federal Doutor Rosinha (PT), engajado no movimento que pede maior democratização para o ensino, e quem, defende a educação como peça fundamental na exterminação da violência com que se defronta a sociedade.