Câmara debate outro projeto contra a pedofilia

por Assessoria Comunicação publicado 30/04/2010 15h45, última modificação 29/06/2021 09h47
Um outro projeto do vereador João Cláudio Derosso (PSDB) contra a pedofilia está em debate na Câmara. Desta vez, o presidente da Casa propõe a obrigatoriedade de serem afixados em repartições públicas, autarquias federais, estaduais e municipais em Curitiba cartazes contendo mensagens de combate à pedofilia. O assunto esteve em pauta na reunião da Comissão de Serviço Público desta semana e recebeu parecer favorável, ficando liberado para entrar na ordem do dia do plenário. Um projeto semelhante, mas relativo às informações nos ônibus de transporte coletivo, foi aprovado por unanimidade em sessão plenária na última segunda-feira (26). “É necessário ampliar as ações de combate ao crime, recebendo e repassando denúncias sobre esta violenta prática”, justificou Derosso.
Segundo a proposta, os cartazes deverão estar em local visível nestes estabelecimentos e prestar informações que incentivem a denúncia do abuso sexual de crianças e adolescentes pelo número “Disque 100”.
Todo este esforço em conscientizar a população da necessidade de se denunciar crimes de pedofilia vem da preocupação do vereador em proteger crianças e adolescentes. Sempre vítimas fáceis e indefesas diante da crueldade deste tipo de crime, geralmente sofrem caladas por anos, diante de ameaças. Derosso recebeu a informação no Ministério Público do Paraná, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Criança e do Adolescente, de que, quando acontece a divulgação do número Disque 100, as ligações aumentam muito, facilitando o trabalho de investigação.
O vereador acrescentou que a pedofilia movimenta milhões de dólares por ano e expõe milhares de crianças a abusos que nem mesmo adultos suportariam. “Podemos afirmar, hoje, a existência de clubes de pedofilia. Estes clubes servem para associar pedófilos pelo mundo, onde podem adquirir fotos ou vídeos contendo pornografia infantil, ou pior, contratar serviços de exploradores sexuais, fazer turismo sexual ou efetivar o tráfico de menores para aliciá-los para práticas de abusos sexuais”, relatou. Comentou ainda que as crianças correm o risco real e imediato de serem assediadas via internet, ou na rua indo para a escola, no caminho da padaria e até mesmo dentro de casa, por parentes próximos que deveriam protegê-las.