Câmara debate o controle do tabagismo em Curitiba
A Câmara Municipal realizará no próximo dia 16 um fórum para debater com a população as medidas do município para o controle do tabagismo, que hoje prejudica diretamente a saúde de 240 mil pessoas, 18% da população. O evento será no auditório do Anexo II da Casa, das 14h às 16h. Na capital, a estimativa é que 11% dos falecimentos estejam relacionados ao uso do cigarro, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba.
O evento é uma iniciativa do vereador Tico Kuzma (PSB), autor do projeto de lei que proíbe o uso de cigarros ou qualquer outro produto fumígero em recinto fechado, seja público ou privado, onde for obrigatório o trânsito ou a permanência de pessoas.
Apresentado no mês passado, o projeto extingue a prática de “fumar no corredor” e reduz drasticamente a quantidade de “fumódromos” na cidade, como os existentes nas praças de alimentação dos shoppings. As únicas exceções para a criação de áreas para fumantes, fisicamente delimitadas e equipadas com exaustores de ar, são bares, boates, restaurantes, churrascarias e lanchonetes.
O Fórum Antitabagismo será uma oportunidade para que estudantes da rede pública estadual de ensino médio, convidados das unidades de saúde, secretários e assessores da prefeitura de Curitiba conversem com o coordenador do Programa de Controle do Tabagismo de Curitiba, o clínico sanitarista João Alberto Lopes Rodrigues; o diretor do Centro de Saúde Ambiental, Sezifredo Paz, e Valéria Prochmann, da Aliança de Controle do Tabagismo no Brasil, sobre a eficácia das medidas do município para o controle do tabagismo.
“Para combater o tabagismo, o ideal é aliar ações educacionais a ações legislativas”, explica João Rodrigues. “As nossas ações na administração pública municipal hoje estão focadas na prevenção, agindo com crianças e jovens das escolas e universidades, no estímulo ao abandono do fumo e na ampliação do número de ambientes livres de cigarro”, completa. Segundo o coordenador do Programa de Controle do Tabagismo de Curitiba, as leis que ampliam os ambientes livres do cigarro têm um reflexo positivo em crianças e jovens, além de servirem como estímulo positivo aos fumantes que tentam livrar-se do vício.
"A maior preocupação hoje para a capital é reduzir o número de fumantes mulheres", avisa João Rodrigues. Apesar de fumarem proporcionalmente menos que os homens (15% da população feminina da capital fuma, contra 21% dos homens), quando comparadas a outras capitais e Distrito Federal, as mulheres de Curitiba ocupam o quarto lugar no ranking nacional de fumantes e os homens apenas o oitavo. No Brasil, a capital com maior índice de fumantes é Porto Alegre.
Nas mulheres, as consequências do vício são mais graves. O cigarro associado ao uso de anticoncepcionais aumenta em dez vezes os riscos de infarto e derrame cerebral. Grávidas fumantes aumentam os riscos de ter um aborto espontâneo em 70%; de perder o filho perto ou depois do parto, em 30%; de a criança nascer prematura, em 40%, e de ter um bebê com baixo peso, em 200%.
O evento é uma iniciativa do vereador Tico Kuzma (PSB), autor do projeto de lei que proíbe o uso de cigarros ou qualquer outro produto fumígero em recinto fechado, seja público ou privado, onde for obrigatório o trânsito ou a permanência de pessoas.
Apresentado no mês passado, o projeto extingue a prática de “fumar no corredor” e reduz drasticamente a quantidade de “fumódromos” na cidade, como os existentes nas praças de alimentação dos shoppings. As únicas exceções para a criação de áreas para fumantes, fisicamente delimitadas e equipadas com exaustores de ar, são bares, boates, restaurantes, churrascarias e lanchonetes.
O Fórum Antitabagismo será uma oportunidade para que estudantes da rede pública estadual de ensino médio, convidados das unidades de saúde, secretários e assessores da prefeitura de Curitiba conversem com o coordenador do Programa de Controle do Tabagismo de Curitiba, o clínico sanitarista João Alberto Lopes Rodrigues; o diretor do Centro de Saúde Ambiental, Sezifredo Paz, e Valéria Prochmann, da Aliança de Controle do Tabagismo no Brasil, sobre a eficácia das medidas do município para o controle do tabagismo.
“Para combater o tabagismo, o ideal é aliar ações educacionais a ações legislativas”, explica João Rodrigues. “As nossas ações na administração pública municipal hoje estão focadas na prevenção, agindo com crianças e jovens das escolas e universidades, no estímulo ao abandono do fumo e na ampliação do número de ambientes livres de cigarro”, completa. Segundo o coordenador do Programa de Controle do Tabagismo de Curitiba, as leis que ampliam os ambientes livres do cigarro têm um reflexo positivo em crianças e jovens, além de servirem como estímulo positivo aos fumantes que tentam livrar-se do vício.
"A maior preocupação hoje para a capital é reduzir o número de fumantes mulheres", avisa João Rodrigues. Apesar de fumarem proporcionalmente menos que os homens (15% da população feminina da capital fuma, contra 21% dos homens), quando comparadas a outras capitais e Distrito Federal, as mulheres de Curitiba ocupam o quarto lugar no ranking nacional de fumantes e os homens apenas o oitavo. No Brasil, a capital com maior índice de fumantes é Porto Alegre.
Nas mulheres, as consequências do vício são mais graves. O cigarro associado ao uso de anticoncepcionais aumenta em dez vezes os riscos de infarto e derrame cerebral. Grávidas fumantes aumentam os riscos de ter um aborto espontâneo em 70%; de perder o filho perto ou depois do parto, em 30%; de a criança nascer prematura, em 40%, e de ter um bebê com baixo peso, em 200%.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba