Câmara debate dificuldades no tratamento do câncer de mama

por Assessoria Comunicação publicado 02/10/2012 16h30, última modificação 03/09/2021 10h23
Para chamar a atenção da população sobre a importância da prevenção ao câncer de mama, a Câmara de Curitiba, em mais uma ação de valorização do movimento Outubro Rosa, abriu espaço na sessão desta terça-feira (2) para a participação da Associação das Amigas da Mama (AAMA). Fundada em 2001 por mulheres que vivenciaram a doença e que se conheceram durante o tratamento, a entidade, que já atendeu mais de cinco mil pessoas, oferece uma série de serviços gratuitos para apoiar as vítimas da doença.
Em palestra aos vereadores, a advogada Valéria de Cássia Lopez, vice-presidente da AAMA fez um relato sobre o trabalho desenvolvido pelas voluntárias, como grupos de apoio, atividades de coral e artesanato, doação de próteses e empréstimo de perucas, assistência jurídica e psicológica. Em sua fala, Lopez classificou como importante o incentivo dado por empresas e órgãos públicos, que iluminam prédios e pontos turísticos de rosa, cor símbolo da campanha, pois colocam em pauta a necessidade de prevenção ao câncer de mama. No entanto, ela ressalta a necessidade de que todos saibam das dificuldades que as pacientes encontram durante e após o tratamento. “Atualmente, o suporte oferecido para detecção e até mesmo cirurgia é bom, mas só isso não é suficiente. Falta um atendimento multidisciplinar, que acolha a pessoa e sua família, com psicólogos, assistentes sociais e uma ampla divulgação dos direitos das pacientes”, pontuou.
Ainda de acordo com a vice-presidente, o tratamento não implica em internamento e não há em Curitiba uma casa de apoio para receber as pacientes durante esse período, o que gera uma série de transtornos para moradores da região metropolitana ou de outras cidades. Pelo fato de muitas mulheres sustentarem a família e serem de baixa renda, a demora no recebimento de benefícios previdenciários, e a comum perda do emprego, causada pela redução da capacidade de esforço físico, faz com que muitas recorram ao poder público ou entidades assistenciais para garantir a sobrevivência.
Conquistas
Entre os avanços conquistados pelas vítimas deste tipo de câncer, foi destacada a inclusão na lista do SUS, em junho deste ano, de um medicamento de alto custo que 40% das mulheres tinham que fazer uso após a quimioterapia. Agora, a distribuição é gratuita. Outra vitória foi a garantia para que as mulheres que tiveram de retirar a mama ou parte dela (mastectomia) tenham isenção de alguns impostos para a compra de automóveis novos, bem como a prioridade em atendimentos na Secretaria Estadual do Trabalho, para a realização de cursos de requalificação profissional e até mesmo o ingresso no mercado de trabalho.
Em plenário, os vereadores avaliaram como fundamental o trabalho prestado pela AAMA às famílias atingidas e se mostraram favoráveis à aprovação de emendas ao orçamento de 2013 que possam beneficiar a entidade.
Colaboração
Os interessados em colaborar com a entidade podem atuar como voluntários, participar de eventos que arrecadam fundos ou fazer doações em dinheiro. Mais informações podem ser obtidas no site www.amigasdamama.org.br.