Câmara de Vereadores analisa criação de cargos para o Hipervisor Curitibano
Hipervisor Curitibano funcionará onde hoje está em operação a Muralha Digital. (Foto: Daniel Castellano/SMCS)
Foi submetido à análise dos vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) um projeto de lei que cria 26 cargos em comissão no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). Na justificativa, a Prefeitura de Curitiba diz que essas pessoas trabalharão com o Hipervisor Curitibano, que a gestão Rafael Greca apelidou de “Cérebro da Cidade Inteligente”, por ser a estrutura que integrará os dados da Muralha Digital, da Defesa Civil, do Trânsito, da Central 156 e das concessionárias de água e de energia.
A implantação do Hipervisor Curitibano conta com apoio técnico e recursos da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O “Cérebro da Cidade Inteligente” ficará no edifício do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), cujo prédio fica ao lado do Ippuc, no Cabral, onde já funciona a central de monitoramento da Muralha Digital. A exemplo dos hipervisores em funcionamento nas cidades de Lyon (França), Bristol (Inglaterra), Camberra (Austrália), Medellín (Colômbia) e Singapura, o de Curitiba foi planejado para ser uma plataforma de compartilhamento e convergência de dados públicos.
“Entre as demandas a serem gerenciadas pelo Hipervisor Curitibano estarão o monitoramento, detecção e coordenação de ações que envolvam o trânsito; segurança pública; emergências; segurança cibernética; prevenção, mitigação, resposta e recuperação de desastres; informação aos gestores municipais; dashboards com indicadores chave de desempenho (KPI); data analytics em questões socioeconômicas, predição e apoio a tomada de decisões; suporte à comunicação social; informação aos cidadãos através de portal e aplicativo para smartphone”, explica a Prefeitura de Curitiba, em publicação de maio deste ano no portal oficial de notícias (005.00206.2023).
Cargos do Hipervisor Curitibano terão impacto anual de R$ 5 milhões
No projeto de lei enviado para os vereadores, a Prefeitura de Curitiba pede a criação de um cargo de diretor (C-2, com remuneração bruta de R$ 20 mil), dez de gestor público (C-3, R$ 12,9 mil), treze de gestor público II (C-4, R$ 8,8 mil), um de gestor público III (C-5, R$ 6,4 mil) e um de agente público municipal I (C-6, R$, 4,8 mil). No cálculo do impacto financeiro, o Executivo projetou que a equipe do Hipervisor Curitibano custará R$ 5,7 milhões no ano de 2024. A lotação desses cargos no Ippuc, justifica a Prefeitura, é em razão do instituto ser “responsável pela transição digital, gestão e controle inteligente no âmbito municipal”.
“O Hipervisor será formatado em dois componentes: uma plataforma integrada de planejamento e gestão do meio urbano e um centro de planejamento, gestão e controle inteligentes. Na plataforma serão recebidos e tratados os dados oriundos dos centros de operação, dos sistemas especialistas, dos sistemas externos e de sensores, como câmeras, radares, estações meteorológicas, entre outros”, explica a justificativa do projeto, assinado por Eduardo Pimentel, prefeito interino à época do protocolo. Além do processamento das informações, o “cérebro”, diz o Executivo, também emitirá alertas, terá painéis com indicadores e integração com ferramentas de inteligência artificial.
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