Câmara de Curitiba vai discutir desarmamento

por Assessoria Comunicação publicado 03/08/2005 16h20, última modificação 27/05/2021 11h03
As discussões a respeito do referendo sobre armas no Brasil, que levará a população às urnas em outubro, devem preencher as sessões plenárias da Câmara Municipal de Curitiba. Na sessão desta terça-feira (2), segunda após o recesso, diversos parlamentares se manifestaram a respeito. A grande maioria não aprova o desarmamento, prefere medidas eficientes.
O presidente da Comissão de Legislação e Justiça, Jônatas Pirkiel (PL), anunciou a criação de um Comitê da Arma Legal. O parlamentar disse que sua bancada partidária deve dar início às discussões sobre o assunto, ponderando as circunstâncias favoráveis e desfavoráveis da aplicação da lei do desarmamento. Para Pirkiel, “o desarmamento não resolverá a realidade vivida pela população”. Ele e diversos outros parlamentares desaprovam a medida. Na opinião do líder do prefeito, Mario Celso Cunha (PSB), “o desarmamento não vai atingir os bandidos que trazem armas ilegais para País, além do que o referendo provoca confusão na opinião pública, fazendo-se acreditar que este processo trará a desejada paz”.
Para o terceiro secretário, Jairo Marcelino (PDT), “facas e automóveis matam mais do que armas”. Custódio da Silva (PTB) acha que “o projeto do governo é eleitoreiro”. Já o líder da oposição, André Passos (PT), acha “prudente que a Câmara organize um debate público”. A pedido do presidente da Comissão de Segurança Pública e Cidadania, Valdenir Dias (PTB), “o uso de arma pelo cidadão será avaliado por esta comissão”.
O presidente da Câmara, João Cláudio Derosso (PSDB), deve acatar a sugestão dos vereadores e viabilizar o debate do tema, segundo ele, “dada a importância da avaliação popular”.
Como a Câmara Municipal de Curitiba retorna esta semana do recesso e começa a votar requerimentos apresentados durante este período, o plenário deve votar nos próximos dias autorização para o Legislativo municipal tratar do assunto.