O presidente da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), Tico Kuzma (Pros), informou aos vereadores da cidade, nesta segunda-feira (24), que o Legislativo questionou formalmente o Ministério da Saúde sobre a distribuição das vacinas aos estados. “Pedimos explicações sobre os critérios de distribuição e qual é o motivo do Rio Grande do Sul ter recebido 850 mil doses a mais que o Paraná, quando o nosso estado tem 100 mil habitantes a mais”, afirmou Kuzma. Além da União, o governo estadual também foi acionado pela câmara de vereadores da capital.

“Queremos que o governo federal nos posicione sobre quando a distribuição das doses das vacinas será equiparada, em respeito ao princípio da isonomia, proporcionalmente à população”, completou Tico Kuzma. Segundo a estimativa populacional utilizada pelo Tribunal de Contas da União para o ano de 2019, o Rio Grande do Sul teria 11,3 milhões de habitantes, portanto menos que o Paraná, com 11,4 milhões. Contudo, segundo o Ministério da Saúde, o Rio Grande do Sul já recebeu 5.978.990 doses de imunizantes, acima das 4.905.000 distribuídas ao Paraná.

Os vereadores de Curitiba têm reclamado da “vacinação lenta” na cidade há semanas, inclusive fazendo do assunto a tônica dos debates em plenário no último dia 18 (confira aqui). Na ocasião, 9 dos 38 parlamentares trataram disso na segunda parte da Ordem do Dia, motivando a ação da Mesa Diretora da CMC, que prontamente oficiou o Governo do Paraná e o Ministério da Saúde. “Assim que houver resposta, informaremos aos vereadores deste Legislativo”, disse Tico Kuzma.

No ofício, a Câmara pede que a União "promova a análise da viabilidade de igualar a quantidade de doses distribuídas ao Estado do Paraná com a maior brevidade possível, observados o critério populacional antes mencionado, uma vez que a cidade de Curitiba encontra-se sob bandeira laranja e tem registrado elevação diária dos casos de contaminação e óbitos decorrentes da Covid-19".