Câmara de Curitiba confirma homenagem póstuma ao ex-vereador Algaci Túlio

por Pedritta Marihá Garcia | Revisão: Ricardo Marques — publicado 29/10/2024 13h05, última modificação 17/12/2024 11h04
Utilidade Pública à Insiste e ao Instituto Lanterna Luminosa também foram aprovadas em segundo turno.
Câmara de Curitiba confirma homenagem póstuma ao ex-vereador Algaci Túlio

Projetos aprovados em segundo turno serão enviados para sanção do prefeito Rafael Greca. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

Com 21 votos “sim”, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) ratificou a aprovação do projeto de lei que denomina um dos logradouros públicos da capital de Algaci Túlio. A homenagem póstuma ao ex-vereador e ex-deputado estadual foi uma das quatro iniciativas acatadas nesta terça-feira (29) em segundo turno. Agora, as leis já podem ser enviadas ao prefeito da capital, Rafael Greca. 

Radialista de grande popularidade, Algaci Túlio faleceu em janeiro de 2021 aos 80 anos de idade, após complicações da covid-19. Ele começou a vida pública na CMC, em 1983, eleito para seu primeiro mandato como vereador de Curitiba. Ele voltaria à CMC décadas depois, em 2009, após uma bem-sucedida carreira, na qual foi vice-prefeito de Jaime Lerner (1988-1992) e de Cássio Taniguchi (1997-2000), além de deputado estadual por três vezes. 

A iniciativa da homenagem póstuma partiu da vereadora Noemia Rocha (MDB), que ontem (28), na votação em primeiro turno, se referiu a Algaci Túlio como “meu mestre e professor nesta Casa” (009.00001.2021). Além da autora, nove vereadores se manifestaram durante o debate em plenário. Os filhos do ex-vereador, Thais e Heittor, acompanharam a votação. 

No Legislativo, Algaci Túlio foi autor de 23 leis municipais, tendo apoiado a criação do capítulo sobre a Defesa dos Direitos Humanos na Lei Orgânica de Curitiba. Ele assumiu a Prefeitura de Curitiba interinamente por 29 vezes e, em âmbito estadual coordenou o Procon-PR e foi secretário estadual da Copa, nos governos Requião e Orlando Pessuti. Também atuou contra a privatização da Copel, a favor do Porto de Paranaguá, criou a lei da Central de Transplantes do Paraná e trabalhou pela desativação da Penitenciária do Ahú

Anexado ao projeto de Noemia Rocha tramitou outra proposição que visa marcar a trajetória de Algaci Tulio (008.00011.2021), dando o nome dele para um viaduto localizado na avenida Vereador Toaldo Túlio, no bairro Orleans. O texto é assinado por Tito Zeglin (MDB) e pela deputada estadual Flávia Francischini (União), na época vereadora. Agora, a matéria aprovada nesta terça-feira pela Câmara Municipal já pode ser sancionada pelo prefeito. 

Insiste e Instituto Lanterna Luminosa serão de Utilidade Pública

Depois de ter tido sua segunda votação adiada nesta segunda, hoje, a Declaração de Utilidade Pública Municipal ao Instituto Lanterna Luminosa foi confirmada pela CMC, com 24 votos favoráveis. A iniciativa partiu de Alexandre Leprevost (União), que na semana passada, em primeiro turno, explicou que a entidade oferece suporte integral às mulheres que se encontram em relações abusivas, com o objetivo de garantir que essas mulheres possam recomeçar suas vidas de forma segura e saudável. A instituição conta com 30 voluntários dedicados, além de parcerias com instituições. Entre elas estão o curso de Psicologia da Faculdade Inspirar, que atende as acolhidas e mulheres da comunidade (014.00071.2023).

Outra Utilidade Pública aprovada em segundo turno é ao Instituto Integração Social e Transformação Econômica - Insiste, de autoria de Herivelto Oliveira (Cidadania). A entidade atua principalmente na promoção de atividades de cunho educativo, social, cultural, científico, esportivo e profissionalizante voltadas às crianças, adolescentes, adultos, pessoas idosas e pessoas com deficiência (014.00037.2024). Ontem, na primeira votação, representantes da instituição acompanharam a discussão da proposta de lei. A matéria recebeu 25 votos “sim” e assim como o projeto de lei de Leprevost também está pronta para sanção prefeitoral.

O título de Utilidade Pública funciona como um atestado de bons antecedentes às entidades sem fins lucrativos. A declaração facilita às organizações firmar convênios com o poder público e receber emendas parlamentares, por exemplo.