Câmara de Curitiba analisa criação de cinco cargos comissionados no Executivo

por José Lázaro Jr. | Revisão: Vanusa Paiva — publicado 09/05/2022 07h30, última modificação 05/05/2022 13h40
Novos postos de trabalho irão para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. A Prefeitura de Curitiba diz que cargos serão ocupados por especialistas “que ainda não tem em seu quadro”.
Câmara de Curitiba analisa criação de cinco cargos comissionados no Executivo

No Centro Cívico, o Palácio 29 de Março é a sede do Poder Executivo em Curitiba. (Foto: Arquivo/CMC)

A Prefeitura de Curitiba enviou ao Legislativo, no dia 4 de maio, um pedido para criar cinco cargos comissionados dentro da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA). O Executivo justifica à Câmara Municipal de Curitiba (CMC) que a despesa é necessária para estruturar novos departamentos da SMMA com especialistas “que a prefeitura ainda não tem em seu quadro [de funcionários]”. Todos os  cargos possuem a mesma tipologia C-2, sendo três postos de diretor e dois de assessor técnico (005.00100.2022). 

Os cargos comissionados da Prefeitura de Curitiba são regulamentados pela lei municipal  7.671/1991, sendo que o quantitativo está descrito no anexo da norma. É por isso que o projeto de lei do Executivo altera a norma, pois para criar os cargos na Secretaria do Meio Ambiente é preciso atualizar a relação existente, que prevê 521 postos em comissão na administração direta da cidade e 45 em órgãos da administração indireta.

Segundo a justificativa da proposição, assinada pelo prefeito Rafael Greca, as contratações viabilizarão a criação do Departamento de Gestão de Risco Climático, do Departamento de Eficiência Energética e Geração de Energias Renováveis e do Departamento de Educação Ambiental. “A política de Meio Ambiente tem agora novas frentes para alcançar a sustentabilidade de recursos e a preservação do meio ambiente”, argumenta o Executivo. 

A Prefeitura de Curitiba cita ter compromissos a cumprir com o grupo C40 - formado pelas 40 maiores cidades do mundo, que se dispôs a assessorar o município na elaboração do seu Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas. Também cita o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs), pactuados com a ONU, e a necessidade de elaborar relatórios sobre as condições ambientais de Curitiba com o Instituto Cidade Sustentável.

Tramitação
Quando um projeto é protocolado na CMC, o trâmite regimental começa com a leitura da súmula dessa nova proposição durante o pequeno expediente de uma sessão plenária. A partir daí, o projeto segue para instrução da Procuradoria Jurídica (Projuris) e, na sequência, para a análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se acatado, passa por avaliação de outros colegiados permanentes do Legislativo, indicados pela CCJ de acordo com o tema da proposta.

Durante a fase de tramitação, podem ser solicitados estudos adicionais, juntada de documentos, revisões no texto ou posicionamento de outros órgãos públicos a respeito do teor da iniciativa. Após o parecer das comissões, a proposição estará apta para votação em plenário, sendo que não há prazo regimental previsto para a tramitação completa. Caso seja aprovada, segue para a sanção do prefeito para virar lei. Se for vetada, cabe à Câmara dar a palavra final – se mantém o veto ou promulga a lei.