A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aceitou, na sessão dessa quarta-feira (26), o registro da Frente Parlamentar do Samba, do Carnaval e das Políticas Culturais da capital paranaense. O presidente e o vice do grupo de trabalho suprapartidário, o décimo em funcionamento no Legislativo da capital, serão eleitos na próxima semana. A reunião deve ocorrer na terça-feira (2), ainda sem horário definido. 

Conforme a justificativa da proposição, a ideia é aprimorar a legislação municipal e as políticas públicas de Curitiba sobre o samba, sobre o carnaval e sobre a cultura ( 422.00004.2023 ). Além de Angelo Vanhoni (PT), que recolheu as assinaturas para o registro do grupo, a frente é formada por Alexandre Leprevost (Solidariedade), Beto Moraes (PSD), Dalton Borba (PDT), Giorgia Prates – Mandata Preta (PT), João da 5 Irmãos (União), Maria Leticia (PV), Marcos Vieira (PDT), Oscalino do Povo (PP) e Professora Josete (PT). 

O objetivo do grupo suprapartidário, explicou Vanhoni, é “apoiar, pesquisar, acompanhar e debater a cultura popular da cidade de Curitiba, em especial na matriz do samba e sua expressão maior, que é o Carnaval”. “Para que a gente possa aperfeiçoar não somente a política e a iniciativa do Poder Executivo, em relação à política cultural de uma expressão tão importante da cultura popular brasileira e que se faz presente de uma amaneira muito forte na cidade de Curitiba, mas também do ponto de vista do aspecto legislativo". 

Conforme o vereador, é importante “construir um novo olhar” para que a Prefeitura de Curitiba tenha uma política permanente para a área. Vanhoni ainda lembrou da audiência pública realizada por sua iniciativa, no dia 17 de março , com a presença de representantes do poder público, das escolas de samba e dos blocos carnavalescos da capital paranaense. O principal encaminhamento do debate foi justamente a busca de assinaturas para a criação da frente parlamentar. 

Líder do governo na CMC, Tico Kuzma (Pros) reforçou “o gosto” do prefeito e do vice, respectivamente Rafael Greca e Eduardo Pimentel, pelo Carnaval. A frente, para ele, poderá buscar alternativas de investimento junto à inciativa privada. “Aqui [em Curitiba], talvez nós precisemos desse caminho também, de ter a iniciativa privada participando mais forte juntamente às escolas de samba”, avaliou. 

Alexandre Leprevost reforçou que a ideia é fortalecer as escolas de samba e os blocos, ampliando a expressão do Carnaval local. Para Rodrigo Reis (União), muitos curitibanos ainda desconhecem o Carnaval da cidade. “É bacana essa frente parlamentar para que a gente possa fazer, inclusive, emendas conjuntas ao orçamento”, afirmou. 

As frentes parlamentares são regulamentadas pelo ato 3/2013 da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Curitiba. Os grupos de trabalho são suprapartidários e devem ter a atuação voltada para um tema específico, de interesse da cidade. O número mínimo de membros, para o registro da frente, é de dez vereadores.


*Notícia revisada pelo estudante de Letras Brunno Abati
Supervisão do estágio: Alex Gruba