Câmara concede título de Vulto Emérito de Curitiba a Rosa Osaki

por João Cândido Martins | Revisão: Vanusa Paiva — publicado 13/05/2022 17h50, última modificação 16/05/2022 09h58
Solenidade teve a iniciativa do vereador Nori Seto e visou realizar a homenagem à professora Rosa Osaki, proposta pelo ex-vereador Matsuda em 2019.
Câmara concede título de Vulto Emérito de Curitiba a Rosa Osaki

A Câmara Municipal de Curitiba homenageou a professora Rosa Osaki com o título de Vulto Emérito. A iniciativa da solenidade foi do vereador Nori Seto. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

Nesta quinta (12), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) realizou uma sessão solene para conceder o título de Vulto Emérito à professora Rosa Osaki. A mesa foi presidida pelo vereador Tico Kuzma (Pros), presidente do Legislativo, que lembrou ser de autoria do ex-vereador Rubens Matsuda (Professor Matsuda) o projeto que veio a se tornar a lei que concedeu a honraria (lei municipal 15.580/2019).

A mesa também foi composta pelas seguintes autoridades: vereador Nori Seto (PP), proponente da homenagem de entrega do título; ex-vereador Rubens Matsuda; Hamada Keiji, cônsul-geral do Japão em Curitiba; Roberto Issamu Iossida, presidente da Associação Cultural e Beneficente Nipo-Brasileira de Curitiba e presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR); ex-vereador Nobutero Matsuda, 1º vereador eleito da comunidade nipo-brasileira de Curitiba; ex-vereador Jorge Yamawaki; e ex-vereador Rui Hara.

O ex-vereador Matsuda, proponente do projeto que concedeu o título à homenageada, disse ser um grande júbilo a realização da solenidade na Câmara para a entrega do prêmio à professora Rosa Osaki. “Todos que a conhecem sabem dos seus esforços para solidificar as relações entre o Brasil (especificamente Curitiba) e o Japão”. Ainda, segundo ele, “Rosa é pessoa humilde e dotada de um profundo compromisso com a educação e a cultura, sempre se pautando pelos mais altos valores do magistério”. Para o ex-vereador, a homenageada sempre manifestou solidariedade, empatia e amor à coletividade, características que, de acordo com ele, constituem pilares do processo civilizatório.

Matsuda lembrou que Rosa foi pioneira no ensino da ginástica olímpica no Paraná. Segundo ele, a professora não hesitou em quebrar paradigmas em prol do melhor ensino e, não por acaso, ficou conhecida entre as alunas como “a professora revolucionária”. “É a ela que entregamos a maior distinção honorífica outorgada a cidadãos curitibanos”. Um gesto de reconhecimento institucional e de agradecimento da população de Curitiba, em função das contribuições da homenageada em benefício da cidade.

Nori Seto, vereador que propôs a realização da solenidade para a entrega do prêmio, declarou estar feliz e honrado por participar da homenagem. Para ele, trata-se de um justo reconhecimento. Seto lembrou que Rosa sempre esteve presente nas atividades desenvolvidas pela comunidade nipo-brasileira, sendo figura determinante na realização de eventos, nas atividades voltadas aos idosos e, principalmente, na preservação e divulgação da cultura nipônica em Curitiba.

“Generosa, é considerada a madrinha da Casa dos Estudantes Nipo-Brasileiros de Curitiba”. Além disso, Rosa também participa ativamente dos Festivais da Primavera (Haru Matsuri) e dos eventos cultural-gastronômicos desenvolvidos pela comunidade nipônica. Em 2018, lembrou Seto, Rosa recebeu o prêmio de honra ao mérito do cônsul-geral do Japão em Curitiba e também foi homenageada pelo ministro dos negócios estrangeiros do Japão.

Agradecimento

Rosa Osaki iniciou seu agradecimento declarando que a partir desta homenagem, inicia-se uma nova etapa em sua vida, na qual empreenderá maiores esforços para consolidar as relações entre o Japão e a cidade de Curitiba. Ela mencionou o período em que trabalhou na Casa Civil. De acordo com ela, foi lá que recebeu a incumbência de promover a integração entre a cultura japonesa e o povo curitibano. “Hoje, é evidente a integração entre os japoneses e seus descendentes com a cidade que escolheram para ser seu lar”, declarou a homenageada. Rosa também trabalhou como professora e na assessoria administrativa da Secretaria Estadual de Educação, o que, segundo ela, lhe permitiu a convivência com pessoas comprometidas com o ensino e com as quais partilhou ideais e sonhos. Para Rosa Osaki, devemos tirar da pandemia lições que nos permitam continuar criando e construindo sempre.