Câmara concede Cidadania Honorária à psicóloga Maria Júlia Trevizan
Cidadania Honorária de Curitiba é concedida à psicóloga Maria Júlia Trevizan. A iniciativa da homenagem foi do vereador Serginho do Posto. (Foto: Carlos Costa/CMC)
Nesta terça-feira (7), a Câmara Municipal de Curitiba promoveu uma sessão solene para a concessão da Cidadania Honorária da cidade à psicóloga Maria Júlia Trevizan. A iniciativa da homenagem foi do vereador Sergio do Posto (União), ex-presidente da Câmara Municipal, e a sessão foi presidida pelo vereador Mauro Ignácio (União), segundo-vice-presidente da Mesa Executiva. Para Ignácio, a homenageada, mais do que se especializar em psicologia e na docência da psicologia, se especializou em pessoas.
Também compuseram a Mesa: José Luiz Costa Taborda Rauen, irmão da homenageada e presidente da CuritibaPrev, representando o prefeito Rafael Greca; o professor doutor José Egídio Romanelli; Eliane Tadra Kiel, psicóloga, representando Marli Perrelli, presidente do Sindicato dos Psicólogos do Paraná. Além deles, também estavam presentes: o vereador Mauro Bobato (Pode); Angelina Balaguer, esposa do vereador Serginho e coordenadora dos Núcleos da Fundação Cultural de Curitiba (FCC); Flávio Pansieri, presidente da Academia Brasileira de Direito Constitucional; e Célia Mazza de Souza, conselheira do Conselho Federal de Psicologia.
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Veja as imagens da solenidade no Flickr da Câmara.
Quem é Maria Júlia Trevizan?
Sérgio Balaguer, o Serginho do Posto, iniciou sua fala manifestando a honra e a alegria de poder homenagear a psicóloga Maria Júlia Trevizan. De acordo com ele, a homenageada nasceu em Salvador, capital do estado da Bahia em 1949. Seus pais eram do Sul, mas foram para lá por motivos profissionais. Não permaneceram muito tempo naquela cidade, mas o suficiente para que Maria Júlia nascesse em Salvador. De volta para Curitiba, a homenageada estudou no Colégio das Irmãs de São José, onde se formou professora no ano de 1968 e, no início de 1969, prestou vestibular para o curso de Psicologia na PUC-PR, vindo a integrar a primeira turma de psicólogos que se formou no estado, em 1973.
“Em seguida”, relatou o vereador Serginho, “Maria Júlia participou da criação da Associação dos Psicólogos do Paraná, em 1974, e, três anos depois, do Sindicato dos Psicólogos, tendo sido a primeira presidente de ambos os órgãos. Foi indicada como conselheira efetiva do Conselho de Psicologia da Região Sul, sendo a representante do Paraná neste órgão, que tem sede em Porto Alegre”. O vereador disse que a homenageada atuou por 3 anos neste conselho e colaborou, em conjunto com outros colegas, para a criação do Conselho de Psicologia do Paraná, em 1979, órgão do qual também foi a primeira presidente, e seu número de registro no conselho paranaense é 8/00001.
Atividades na PUC e direção do Hospital Cajuru
Professora universitária de carreira na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), foi por dez anos consecutivos paraninfa e nome de turma, fato que, na visão do vereador Serginho, mostra o apreço dos alunos por Maria Júlia. Ele mencionou que a homenageada fez curso de especialização em Antropologia Social na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Psicologia Social de Gestão de Conhecimento na PUC, além de mestrado e doutorado na UFSC. Ainda segundo Serginho, Maria Júlia possui especialização em Psicologia do Trânsito e Psicologia Organizacional e do Trabalho, sendo também também atuante como professora concursada da UFPR, onde atuou por apenas dois anos, em função da ampliação de suas atividades na PUC.
Na PUC, Maria Júlia permaneceu por 32 anos, tendo sido diretora do curso de Psicologia, diretora do Instituto Paranaense de Psicologia, Coordenadora Geral dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação, Diretora Corporativa de Recursos Humanos, Assessora de Planejamento junto à Reitoria da PUC e Coordenadora do curso de especialização e mestrado em educação. “Por 3 anos foi diretora-geral do Hospital Universitário do Cajuru, cargo que representou um dos seus maiores desafios profissionais e, logo em seguida, veio a aposentadoria. Mas ela não parou. Atualmente dirige a empresa Racional Recursos Humanos e Testes Psicológicos, empreendimento fundado em 1975”, disse o vereador.
A mais alta honraria
José Luiz Costa Taborda Rauen, irmão da homenageada e diretor-presidente da CuritibaPrev, saudou Maria Júlia e fez referência a todos os familiares e amigos presentes. “Todos que a conheceram desde pequena sabiam que Maria Júlia faria a diferença. Trago meu abraço, o abraço do prefeito Rafael Greca e o abraço de Curitiba, pois esse título é a mais alta honraria que uma cidade pode conceder a uma pessoa, e você fez por merecer”, disse ele.
Agradecimento
A psicóloga Maria Júlia, homenageada com a Cidadania Honorária, disse ser a mais elevada honraria que jamais sonhou receber. “Sou baiana e soteropolitana de nascimento, mas de coração sou curitibana, pois fui criada aqui desde os 6 anos, quando minha família retornou da Bahia. Como acredito na vida desde a concepção, eu já era curitibana antes de nascer, pois quando meus pais se mudaram para a Bahia, minha mãe estava grávida de 7 meses”, explicou ela. A homenageada falou sobre seus estudos no Colégio São José e, depois, a experiência de participar da primeira turma de psicologia a se formar no estado do Paraná. “Eram poucos os professores, mas os que tivemos foram os melhores”, disse a psicóloga.
Ela disse que a vontade de engrandecer a psicologia em Curitiba pode se materializar com a fundação da Associação e do Sindicato, órgãos dos quais foi a primeira presidente. “Com o tempo, ficou claro que havia a necessidade de um Conselho Regional dos Psicólogos do Estado do Paraná. Nós nos organizamos e fui, também, a primeira presidente desse colegiado”, disse Maria Júlia, que também integrou o Conselho Federal de Psicologia na gestão 1982-1985.
Entre as muitas atividades desenvolvidas na PUC, ela salientou a criação da primeira revista de Psicologia daquela universidade e do estado do Paraná, lançada em 1982 e que é editada até hoje no formato online. Ela concluiu mencionando sua experiência como diretora-geral do Hospital Cajuru. “Hoje, aos 74 anos, continuo atuante e me sinto renovada na convivência com os acadêmicos que frequentam os cursos e palestras ou os que visitam a empresa, pois neles vejo os ímpetos da juventude, em contraste com a maturidade que hoje tenho. Muito obrigado a Curitiba por ter me acolhido das mais diversas formas”, finalizou a psicóloga.
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