Câmara aprova reajuste e outros projetos do funcionalismo

por Assessoria Comunicação publicado 18/11/2019 12h40, última modificação 11/11/2021 09h03

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou nesta segunda-feira, em primeiro turno, os três projetos de lei de iniciativa do Executivo que tratam do funcionalismo público, durante uma sessão tensa devido à manifestação de servidores públicos municipais, em greve desde hoje cedo. Janelas e vidros da Câmara foram quebrados. Cortinas foram rasgadas. Duas pessoas foram detidas e encaminhadas à delegacia. Os vereadores aprovaram o reajuste de 3,5% do salário, a prorrogação do congelamento de carreira, mas com a manutenção do vale-transporte em dinheiro e a redução da liberação sindical – as três propostas tramitam em regime de urgência e retornam nesta terça (19) em segundo turno.

Desde o início da manhã, servidores municipais se concentraram em frente ao Palácio Rio Branco, sede do Legislativo municipal. A Câmara Municipal de Curitiba solicitou apoio da Guarda Municipal e da Polícia Militar para garantir o funcionamento da sessão plenária. “Quero parabenizar o trabalho da Guarda e da PM por manter a ordem da atividade parlamentar, garantindo a segurança dos nossos vereadores e dos nossos servidores”, disse o presidente da CMC, Sabino Picolo (DEM), em entrevista à imprensa.

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Quando a sessão plenária foi aberta, para acompanhar a votação das galerias, foi permitida a entrada de 28 servidores – o número é o limite determinado pelo Corpo de Bombeiros. “A casa é um prédio antigo, histórico, que não oferece condições de receber um grande contingente dentro da Casa Legislativa. Gostaríamos de ter um espaço ideal para receber a população, é verdade”, disse o diretor-geral da CMC, Daniel Dallagnol, também aos jornalistas que faziam a cobertura da sessão. 


Diversos manifestantes tentaram invadir, forçando o cordão de isolamento dos guardas municipais e causando empurra-empurra na entrada do plenário. Ao acessar o hall de entrada, os manifestantes bateram nos vidros, como forma de protesto, e quebraram vidros e janelas. A PM-PR auxiliou a Guarda Municipal na contenção para evitar invasão do plenário. “A segurança precisou ser mantida. Os manifestantes têm o direito de se manifestar, dentro dos limites possíveis, desejáveis e de urbanidade. Me parece que houve um excesso”, disse Dallagnol.

Segundo o comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Anderson Pereira, com uma das pessoas detidas, “na revista, foram encontrados diversos materiais, como máscara de gás, bombas de fumaça e pirotecnica, alguns materiais de pichação, marreta, entre outras ferramentas”, revelou. “Como ele havia desacatado e desobedecido à ordem dos guardas municipais, ele foi revistado na frente de outros manifestantes e encaminhado pela própria Guarda Municipal para qualificação, identificação e apresentação à delegacia civil”, complementou.

Apesar do clima tenso no início da sessão plenária, os três projetos de iniciativa do Executivo foram aprovados. Os servidores públicos acompanharam a votação das galerias do Palácio Rio Branco e protestaram contra a votação.