Câmara aprova homenagem póstuma a ex-diretor da Guarda Municipal
Vereadores aprovam homenagem ao comandante emérito da Guarda Municipal, Odgar Cardoso. (Foto: Carlos Costa/CMC)
Nesta segunda-feira (27), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou uma homenagem póstuma a Odgar Nunes Cardoso. Comandante emérito da Guarda Municipal (GM), onde trabalhou por 31 anos, tendo pertencido à primeira turma da corporação, ele faleceu aos 60 anos de idade, vítima de complicações da covid-19. Diretor da corporação em 2019, quando se aposentou, ele agora terá seu nome institucionalizado ao denominar o Centro de Formação e Desenvolvimento Profissional da Guarda Municipal de Curitiba.
“Era o braço direito do prefeito Rafael Greca quando o assunto era a segurança pública na cidade. O Odgar sempre esteve ao lado dos seus companheiros, com um espírito público para frente. Sempre foi cordial e atencioso”, disse Pier Petruzziello (PP), líder do governo, autor da iniciativa, com o apoio de Tico Kuzma (Pros), presidente do Legislativo, Beto Moraes (PSD), Hernani (PSB), João da 5 Irmãos (União), Leonidas Dias (Solidariedade), Mauro Bobato (Podemos), Pastor Marciano Alves (Solidariedade), Sabino Picolo (União) e Toninho da Farmácia (União).
Natural da cidade de Júlio Castilhos (RS), Odgar Nunes Cardoso foi sargento do Exército Brasileiro antes de ingressar na Guarda Municipal de Curitiba. Graduado em Geografia, tinha especializações em Metodologia do Ensino e Segurança Pública. Exerceu diversos cargos no âmbito da Prefeitura de Curitiba e, em 2019, quando se aposentou, recebeu do prefeito Rafael Greca a condecoração Ordem da Luz dos Pinhais, que é a principal honraria concedida pelo Executivo. No momento do falecimento, ocupava a superintendência da Secretaria Municipal de Defesa Social.
Durante a carreira na GM, Odgar Cardoso conheceu Silvia Zoraski, com quem se casou e teve dois filhos, Helena e Lucas. Ela e o atual comandante da GM, Carlos Celso dos Santos Júnior, acompanhados de mais membros da Guarda Municipal, estiveram em plenário prestigiando a votação. “Só temos boas lembranças do Odgar, como pessoa de família, de Deus, que dedicou sua vida a servir. Que Deus continue confortando os corações. Ele ficará marcado na história da cidade como um valente, um guerreiro”, disse Kuzma.
“A Guarda Municipal é uma das pastas mais difíceis da administração pública”, reconheceu Serginho do Posto (União), corroborando que Cardoso “sempre auxiliou essa Casa”. “Eu tive a oportunidade de votar [em 1988] a criação da GM, que era uma necessidade de Curitiba naquele momento, de proteger os parques, praças e centros de saúde. Ele, que teve uma infância difícil, foi cortador de lenha, trabalhou em estradas, tomou uma decisão, fez o concurso e ingressou na primeira turma da Guarda, formada por 110 pessoas”, destacou Tito Zeglin (PDT).
“Eu sei bem o que a senhora passou, assim como milhares de brasileiros”, afirmou Alexandre Leprevost (Solidariedade), cujo pai também faleceu em decorrência da covid-19. Mauro Bobato (Pode) lamentou a “partida precoce”, assim como Oscalino do Povo (PP), que garantiu que “não esqueceremos do senhor”. O Professor Euler (MDB) falou da admiração que tinha pelo comandante emérito da Guarda, Ezequias Barros (PMB) lembrou do diálogo com Cardoso quando estava na Cohab, Sidnei Toaldo (Patriota) disse que ele foi “um grande comandante” e Leonidas Dias defendeu que “é dever desta Casa reconhecer pessoas ilustres, que colaboraram para a história de Curitiba”.
Foram 28 votos favoráveis à homenagem póstuma da Câmara de Curitiba ao comandante emérito da Guarda Municipal. Foram registradas duas abstenções, das vereadoras Amália Tortato e Indiara Barbosa, do partido Novo, e um voto contrário, de Denian Couto (Pode). Ele justificou dizendo que não se tratava do mérito do projeto e que o posicionamento dele foi por “manter a coerência”, já que é contra a aprovação de mais denominações de logradouros quando há centenas de indicações aguardando utilização. O projeto retorna à pauta amanhã, para votação em segundo turno (009.00007.2021).
Segundo turno
Hoje, os vereadores confirmaram, em segundo turno, a concessão da declaração de utilidade pública ao Instituto Bom Combate (014.00031.2021). A iniciativa é de autoria da vereadora Noemia Rocha (MDB) e foi debatida em plenário na semana passada. A entidade foi fundada em 2019 por Márcio Francisco de Oliveira, praticante de artes marciais há 25 anos e faixa-preta de karatê e muay thai. O documento é necessário para a formalização de convênios com o poder público.
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