Câmara aprova abertura de crédito especial

por Assessoria Comunicação publicado 15/05/2012 16h30, última modificação 02/09/2021 08h11
O plenário da Câmara Municipal de Curitiba aprovou em segundo turno, nesta terça-feira (15), projeto de lei do Executivo que prevê crédito de R$ 25 milhões para investimentos na recuperação de ruas da capital. O pedido de autorização para abertura do crédito adicional especial, que tem fonte de recursos a fundo perdido, foi debatido por mais de uma dezena de vereadores.   
O crédito a ser aberto é destinado à  recuperação de pavimentações com asfalto e recuperação de base em vias de tratamento superficial betuminoso, conhecido como antipó, com equipes contratadas nas administrações  regionais de Santa Felicidade, Portão, Pinheirinho, Boa Vista, Cajuru, Bairro Novo e Cidade Industrial.  O projeto representa um investimento sobre 130,28 quilômetros de vias, conforme convênio  celebrado entre a prefeitura e o estado, através da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, e, ainda, pelo Departamento de Estradas de Rodagem, uma vez que a pavimentação asfáltica existente em antipó foi executada há mais de 20 anos, apresentando desgastes e deformações. Conforme o texto aprovado pelo plenário, o  recurso para cobertura do crédito adicional especial é proveniente do excesso de arrecadação  e faz  parte  da mensagem de lei, conforme determina a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). E, tem repasse de recursos do governo federal.  
Debate
Com interpretações diferenciadas sobre a matéria, os parlamentares ocuparam a tribuna da Casa em mais de duas horas de debate. Pela oposição, a vereadora Professora Josete (PT) questionou a falta de detalhamento sobre as vias públicas onde serão executadas as obras. “’O projeto faz referência somente a quais Regionais estão ligadas as obras, sem especificar  ruas”, disse. Considerando um excesso a somatória dos pedidos de liberação de crédito do início do ano até agora, a parlamentar explicou que “não somos contrários à melhoria na infraestrutura viária, mas queremos, dentro de nossa função fiscalizadora, que o Executivo forneça todos os detalhes técnicos”. Em sua fala, a parlamentar  mostrou levantamento do percentual de créditos destinados à infraestrutura viária de 2009 a 2012.
O líder interino do prefeito, vereador Serginho do Posto (PSDB), justificou  que “esse volume de recursos pertence a um repasse  geral do governo federal a diversas cidades do estado, em mais de R$ 70 milhões, a fundo perdido”. Explicou, ainda, que “o governo municipal,  com os programas  de obras, age  em quatro frentes distintas, seguindo uma tendência  observada nas audiências públicas, pelas quais a população reivindica esse tipo de  obras ”. O convênio federal é viabilizado pela Secretaria  de Estado de Infraestrutura e Logística, com  as devidas contrapartidas do governo do estado e da prefeitura.  
No entendimento de diversos vereadores, “a fiscalização do Legislativo deve recair sobre processos  licitatórios e execução das obras de acordo com o solicitado pela população e não necessariamente sobre o número ou indicativo de vias”.  O projeto em questão trouxe informações sobre pacotes de obras de cada Regional da cidade de acordo com a margem de necessidade, “o que fez a diferenciação de quilometragem em cada área”, conforme explicações de Roberto Hinça (PSD).
O mérito da mensagem e sua legalidade foram  reconhecidos pelo vereador da Pedro Paulo (PT), que, porém, questionou  “o exagero de projetos que demonstram falta de planejamento administrativo ou política eleitoreira”.
Fizeram uso da palavra, na tribuna,  os vereadores Serginho do Posto, Jair Cézar, Emerson Prado, Francisco Garcez, Felipe Braga Côrtes e  Paulo Frote, do PSDB;  Noemia Rocha, PMDB; Denilson Pires e Julieta Reis, do DEM; Celso Torquato e Roberto Hinça, PSD; Aldemir Manfron e Juliano Borghetti, pelo PP. Das bancadas, emitiram parecer os vereadores Paulo Salamuni (PV),  Caíque Ferrante (PRP) e Nely Almeida (PSDB).