Câmara apoiou evento pelos 50 anos do movimento hip hop

por Fernanda Foggiato | Revisão: Ricardo Marques — publicado 14/08/2023 10h35, última modificação 14/08/2023 10h37
Placa com QR Code foi instalada em frente ao Shopping Itália, berço do movimento hip hop em Curitiba.
Câmara apoiou evento pelos 50 anos do movimento hip hop

Além de marcar o berço do hip hop em Curitiba, o evento reuniu MCs, DJs, dançarinos de break e grafite. (Fotos: Rodrigo Fonseca/CMC)

Na última sexta-feira (11), a celebração local dos 50 anos do movimento hip hop no mundo contou com o apoio da Câmara Municipal de Curitiba (CMC). A vereadora Giorgia Prates – Mandata Preta (PT) representou a Casa no evento, que oficializou a calçada em frente ao Shopping Itália como o berço do hip hop na capital paranaense. A esquina da avenida Marechal Deodoro com a rua João Negrão ganhou uma placa QR Code que direciona a um site com a história do movimento cultural nascido nos Estados Unidos, na década de 1970.

A sinalização foi encabeçada pela Construção Nacional Hip-Hop – GT Estadual Paraná e teve o apoio da CMC, da Prefeitura de Curitiba, da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) e do próprio Shopping Itália. Além de marcar o berço do hip hop na cidade, no fim da década de 1980, o evento reuniu MCs, DJs, dançarinos de break e grafite.

Giorgia Prates homenageou a data durante pronunciamento na sessão plenária desta segunda-feira (14). “O hip hop é uma cultura que encontrou seu poder na expressão artística na luta pela igualdade social. Começou ali nos bairros marginalizados do Bronx, na década de 1970, e deu esperança a comunidades que estava à margem. O hip hop se destaca pela capacidade de contar histórias e de transmitir mensagens profundas e autênticas”, declarou a vereadora.

As letras das músicas, afirmou ela, “abordam questões sociais, econômicas e políticas e vão abrindo espaço para debates importantes como racismo, desigualdades sociais, violências e também as injustiças”. “Através da dança, do rap, do grafite e da moda, os artistas encontram uma maneira de expressar e reivindicar uma identidade, combatendo estereótipos impostos pela sociedade.”

“Em um mundo em que muitas vezes tentam calar as vozes daqueles que estão marginalizados, o hip hop se mantém como um farol de esperança e resistência”, citou Prates. A vereadora ainda defendeu a liberdade de expressão, a diversidade da cultura negra e lembrou da aprovação na Câmara de Curitiba, em abril passado, da moção de apoio para que o Governo do Estado reconheça o hip hop como patrimônio cultural imaterial do Paraná.