Câmara apoiou evento pelos 50 anos do movimento hip hop
Além de marcar o berço do hip hop em Curitiba, o evento reuniu MCs, DJs, dançarinos de break e grafite. (Fotos: Rodrigo Fonseca/CMC)
Na última sexta-feira (11), a celebração local dos 50 anos do movimento hip hop no mundo contou com o apoio da Câmara Municipal de Curitiba (CMC). A vereadora Giorgia Prates – Mandata Preta (PT) representou a Casa no evento, que oficializou a calçada em frente ao Shopping Itália como o berço do hip hop na capital paranaense. A esquina da avenida Marechal Deodoro com a rua João Negrão ganhou uma placa QR Code que direciona a um site com a história do movimento cultural nascido nos Estados Unidos, na década de 1970.
A sinalização foi encabeçada pela Construção Nacional Hip-Hop – GT Estadual Paraná e teve o apoio da CMC, da Prefeitura de Curitiba, da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) e do próprio Shopping Itália. Além de marcar o berço do hip hop na cidade, no fim da década de 1980, o evento reuniu MCs, DJs, dançarinos de break e grafite.
Giorgia Prates homenageou a data durante pronunciamento na sessão plenária desta segunda-feira (14). “O hip hop é uma cultura que encontrou seu poder na expressão artística na luta pela igualdade social. Começou ali nos bairros marginalizados do Bronx, na década de 1970, e deu esperança a comunidades que estava à margem. O hip hop se destaca pela capacidade de contar histórias e de transmitir mensagens profundas e autênticas”, declarou a vereadora.
As letras das músicas, afirmou ela, “abordam questões sociais, econômicas e políticas e vão abrindo espaço para debates importantes como racismo, desigualdades sociais, violências e também as injustiças”. “Através da dança, do rap, do grafite e da moda, os artistas encontram uma maneira de expressar e reivindicar uma identidade, combatendo estereótipos impostos pela sociedade.”
“Em um mundo em que muitas vezes tentam calar as vozes daqueles que estão marginalizados, o hip hop se mantém como um farol de esperança e resistência”, citou Prates. A vereadora ainda defendeu a liberdade de expressão, a diversidade da cultura negra e lembrou da aprovação na Câmara de Curitiba, em abril passado, da moção de apoio para que o Governo do Estado reconheça o hip hop como patrimônio cultural imaterial do Paraná.
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