Câmara analisa comércio de gás produzido em lixão

por Assessoria Comunicação publicado 06/01/2006 17h00, última modificação 07/06/2021 16h10
Gases produzidos em lixões e aterros sanitários podem ser explorados. A idéia é do vereador Roberto Hinça (PDT) que apresentou projeto prevendo a comercialização do produto, na Câmara de Curitiba. A medida, na opinião do parlamentar, "traria lucro em benefício da coletividade, além de atender o controle ambiental com a redução da emissão dos gases responsáveis pelo processo de aquecimento global. Ou seja, parte do lucro seria repassada à melhoria da infra-estrutura nas proximidades dos aterros". A proposta do parlamentar é que a Prefeitura selecione empresas para executar o serviço.
Conforme Hinça, "são inúmeros os objetivos dessa proposta, mas um dos principais seria o de melhorar a gestão municipal dos resíduos sólidos, já que parte considerável desses gases vem de lixões e aterros sanitários, que todos querem longe da sua moradia. Também existe flagrante geração de empregos com dignidade para a coletividade, com a exploração e comercialização dos gases liberados pela decomposição de material".
Efeitos
O parlamentar lembra que o "tratamento do lixo é vital para melhorar a qualidade de vida. Apenas a captação do biogás ou gás metano, um dos produtos gerados naturalmente nos lixões ou aterros sanitários, e que é 21 vezes mais poluente que o dióxido de carbono emitido pelos nossos veículos, em vez de ir para a atmosfera (reforçando o efeito estufa), poderá ser realizada e usada em usina termelétrica para geração de energia, por exemplo, substituindo o uso de combustíveis fósseis, mais poluentes".
A exploração dos lixões e aterros sanitários podem, ainda, gerar outros produtos. O gás metano pode ser usado como combustível em motores estacionários. Dessa forma, sua queima geraria energia elétrica e resultaria em gás carbônico,  que é menos prejudicial ao meio ambiente.