Câmara adia projeto sobre trituradores de resíduos

por Assessoria Comunicação publicado 25/08/2005 16h40, última modificação 31/05/2021 10h22
Projeto de lei do vereador Reinhold Stephanes Júnior (PMDB) que determina a obrigatoriedade de instalação de triturador de resíduos orgânicos nas novas residências, habitações coletivas e comerciais com metragem igual ou superior a 100 metros quadrados foi apresentado na sessão plenária  desta quarta-feira (24), na Câmara Municipal.
Segundo o parlamentar, "lei semelhante já vigora em muitas cidades da Europa e da América do Norte. Lá, o triturador é padrão em mais de 80% das habitações recentes e 45% de todas as casas". O vereador explica que "este aparelho de cozinha moderno, que pode ser tratado como eletrodoméstico, destinado a triturar os resíduos de alimentos, transformando-os em resíduos escoáveis através dos sistemas de esgoto ou fossa séptica, permite sua eliminação direta pela pia da cozinha. Este equipamento acabará com o lixo orgânico num futuro próximo".
Ao defender o projeto na tribuna, Stephanes Júnior destacou outros fatores relevantes para instalação do aparelho, como facilidade na coleta e separação do lixo reciclável, facilidade para tratamento e manuseio dos aterros sanitários, reduzindo a proliferação de germes e formação de gases nocivos ao meio ambiente e à população e a diminuição do custo no transporte do lixo.
A votação foi acompanhada pelo assessor da Sanepar, Péricles Weber, que está preocupado com o assunto e trouxe relatório explicativo, onde a companhia alega a dificuldade de operacionalidade em decorrência do diâmetro das tubulações, aumento de matéria orgânica e contaminação do material que normalmente compõe o esgoto doméstico. "A medida afetaria o meio ambiente e o sistema operacional da Sanepar", explica.  
Diversos vereadores se manifestaram sobre a proposta e demonstraram preocupação. O 2º vice-presidente da Casa, vereador Jair Cézar (PTB), afirmou que a matéria é complexa e que seria oportuno que a comunidade se manifestasse a respeito. Já a vereadora Roseli Isidoro (PT) expôs  suas dúvidas quanto à viabilidade. Já o vereador Paulo Frote (PSDB) parabenizou a iniciativa e enalteceu a atitude coerente de Stephanes Júnior ao trazer o parecer técnico da Sanepar sobre a matéria. Também o líder do PL, vereador pastor Gilso de Freitas, disse que, apesar de ser um projeto arrojado, poderá trazer transtornos para a população e a Sanepar.
Em função destas colocações, o projeto foi adiado e deverá voltar a plenário em breve.