Caio Júnior dará nome a Centro de Esporte e Lazer

por Assessoria Comunicação publicado 02/08/2017 13h35, última modificação 19/10/2021 12h22

O Centro de Esporte e Lazer (CEL) Uberaba, localizado na esquina das ruas Francisco Castellano e Senador Roberto Glaser, receberá o nome de Caio Júnior, em homenagem ao ex-jogador e técnico de futebol morto no acidente aéreo da Chapecoense, em novembro de 2016. Aprovada em primeira votação unânime na sessão desta quarta-feira (2) da Câmara Municipal de Curitiba, a proposta de lei (008.00008.2017) é de iniciativa do vereador Helio Wirbiski (PPS).

Inaugurado em novembro de 2016, o equipamento público foi concluído com a ajuda de emenda parlamentar de Wirbiski (302.00228.2014). O CEL possui quadras poliesportivas, campos de futebol, pista de caminhada e corrida e sala para ginástica. “Matheus [Saroli, filho do homenageado, que acompanhava o debate], conheci poucas pessoas com o caráter do seu pai. Que o seu legado possa ajudar, pela Lei Caio Júnior [projeto em tramitação no Congresso] e, na cidade de Curitiba, pelo Centro de Esporte”, disse o vereador.

Caio Júnior é o apelido de Luiz Carlos Saroli, nascido em Cascavel (PR) em 1965. Teve toda sua carreira voltada ao futebol e por onde passou ganhou títulos. Como jogador, começou nas divisões de base do Cascavel; tornou-se profissional no Grêmio; jogou em Portugal pelo Estrela Amadora e pelo Vitória de Guimarães; voltou ao Brasil com passagem pelo Internacional e veio, em 1997, ao Paraná Clube, time que voltou como treinador e ganhou destaque nacional ao conseguir a vaga para a Libertadores da América de 2007.

Leia também:
Vereadores confirmam Nota Curitibana e outros 2 projetos

Greca: "Curitiba recuperou a certidão negativa do Tribunal de Contas"

Como treinador, também teve passagens por Cianorte, Gama, Juventude, Londrina, Palmeiras, Goiás, Flamengo, Visse Kobe (Japão), Al Gharafa (Catar), Botafogo, Grêmio, Al Jazira (Emirados Árabes), Bahia e Vitória. Em 25 de junho de 2016, foi contratado pela Chapecoense, time que levou à final da Copa Sul-Americana. O avião que levava a equipe para disputar o primeiro jogo contra o Atlético Nacional na Colômbia caiu, deixando 71 mortos e provocando uma das maiores tragédias da história do esporte mundial.

Homenagens
“Tivemos uma catástrofe muito grande. O Caio Júnior era uma daquelas pessoas que era unanimidade. O futebol tem seus altos e baixos, mas o Caio, sempre com dignidade e humildade, soube superar isso”, declarou o autor da proposta de lei. “Ele apoiava os ex-atletas, era um apoiador do futebol brasileiro, que é muito ilusório. É um pequeno grupo, de 10%, que ganha muito dinheiro, com altos e baixos. Então, Matheus, lute pelos direitos da família.”

“Estamos aqui honrando a memória dele”, comentou Colpani (PSB). “Um grande amigo, um grande colega. Exemplo de profissional dedicado, qualificado, que deixou sua marca para a cidade”, lembrou Cristiano Santos (PV). “O Caio, como o próprio Ademir [Alcântara, ex-jogador, que também acompanhou a votação], eram considerados gentlemens. Ele cativou e fez amizades por onde passou. Joguei contra equipes que ele estava dirigindo. Sempre encontrava seu pai, Matheus, em jogos beneficentes. Qualquer homenagem infelizmente não vai trazê-lo de volta, mas esta é uma singela homenagem que a Câmara pode prestar”, acrescentou Paulo Rink (PR).

Além de elogiar Ademir Alcântara, Pier Petruzziello (PTB) destacou o projeto da Lei Caio Júnior. “Em relação a seu pai, o maior legado que ele vai deixar tramita em Brasília. É importantíssima para o futebol [a proposta]. Nós só olhamos para os treinadores das Séries A e B, nós não olhamos para o treinador do interior. Faço coro para que levemos aos deputados paranaenses para que aprovem essa lei”, apontou. Torcedor do Paraná, Tico Kuzma (Pros) disse esperar que o ex-jogador seja “a luz a esses atletas, a essas crianças que vão passar por ali”. Tito Zeglin (PDT) encerrou os apartes a Wirbiski: “A humildade fez com que ele tivesse muitos amigos”.

Após a votação, Matheus Saroli agradeceu a homenagem. “A gente [a família]  fica muito feliz. É muito importante que a memória dele fique viva na cidade. Nós, como família, também estamos trabalhando em alguns projetos para manter a memória dele viva”, completou. O presidente da Casa, Serginho do Posto (PSDB), finalizou o debate: “Leve a saudação a toda a família, Matheus. Força”.