Cadê o tesouro, Zulmiro? Um pirata britânico radicado em Curitiba

por Alex Gruba | Revisão: Brunno Abati* — publicado 26/01/2024 08h05, última modificação 26/01/2024 14h16
No microfone do podcast Curitibou?, o escritor Marcos Ofenbock revela detalhes do pirata que se refugiou no Pilarzinho, com tesouro bilionário enterrado na Ilha da Trindade.
Cadê o tesouro, Zulmiro? Um pirata britânico radicado em Curitiba

Mapa do tesouro com as riquezas acumuladas por Zulmiro, enterradas na ilha da Trindade. (Foto: Reprodução CMC Podcasts)

Histórias de piratas encantam as pessoas desde que a humanidade aprendeu a navegar. Para alguns, piratas são criminosos perigosos e devem ser combatidos com toda a força. Para outros, são aventureiros que levam uma vida emocionante nos mares. Curitiba está a uma distância de cerca de 70 quilômetros do oceano Atlântico, mas já pode ter um pirata para chamar de seu: o pirata Zulmiro. 

É sobre a história do pirata Zulmiro que o jornalista e caçador de histórias Marcos Juliano Ofenbock veio ao estúdio do CMC Podcasts para contar tudo sobre esse lobo dos mares no programa Curitibou?. 

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Governo britânico reconhece o Pirata Zulmiro

Em uma investigação de anos, Ofenbock tem encontrado diversos segredos sobre Zulmiro. Já escreveu três livros baseados na vida de Francis Hodder. Conta como o pirata chegou a Curitiba e sua vida aqui na capital paranaense. Durante 60 anos, entre 1830 e 1890, Zulmiro foi conhecido com o “Inglês do Pilarzinho”. Teria aqui casado e tido filhos. 

Segundo Ofenbock, Zulmiro foi um nome adotado pelo inglês Francis Hodder. Descendente de nobres do condado de Cork, no sul da Irlanda, quando a ilha era toda parte do Reino Unido. Hodder teria sido deserdado da poderosa Marinha britânica por ter matado um oficial em uma viagem no Caribe. 

Expedição à ilha da Trindade

Para escapar da inevitável sentença de morte, Francis Hodder passou a adotar o nome de Zulmiro e, junto com outros dois companheiros, passou ao mundo da pirataria, atacando navios no Atlântico Sul. E dos assaltos feitos por esse trio de piratas, os principais tesouros roubados teriam sido enterrados na ilha de Trindade, território brasileiro no meio do oceano Atlântico. Ofenbock falou sobre a expedição que fez a convite da Marinha para conhecer o tesouro de Zulmiro.

Segundo o escritor e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, o custo para explorar a ilha seria milionário, em torno de R$ 5 milhões. Vale a pena? Segundo Ofenbock, a riqueza da gangue do pirata Zulmiro estaria avaliada em um bilhão de libras (algo em torno de R$ 6,3 bilhões). “O mais valioso da história de qualquer pirata é justamente a sua história”, ressalta Marcos Ofenbock.

Um podcast para chamar de seu

O Curitibou? é o espaço para entretenimento na grade do CMC Podcasts, abordando todas as curitibanices que envolvam a cidade e sua população. Além disso, há outros 10 programas temáticos, baseados nas comissões permanentes da Câmara Municipal de Curitiba. Também há dois programas que ressaltam o perfil dos vereadores. Por fim, um programa é destinado a explicar os órgãos internos da CMC.

Quer saber mais detalhes do pirata Zulmiro, assista à entrevista com Marcos Ofenbock no Curitibou? via YouTube ou Spotify.

Matéria revisada pelo estagiário de Letras Brunno Abati
Supervisão do estágio: Alex Gruba