Brincadeira pode causar morte, alerta vereador

por Assessoria Comunicação publicado 30/11/2007 17h10, última modificação 18/06/2021 08h25
A brincadeira irresponsável com o uso do cerol, material cortante feito com vidro moído e cola de madeira em linha de pipa, é uma das justificativas do vereador Custódio da Silva (PR) para sugerir a proibição desta prática nas ruas e avenidas de Curitiba. O projeto de lei, em apreciação pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação, recebeu substitutivo geral do próprio autor, para ajuste de normas técnicas. Um pedido de vistas feito pelo vereador Angelo Batista (PP), nesta semana, adiou parecer na comissão, que voltará a se reunir na próxima quarta-feira.
A idéia, explicou o parlamentar, não é erradicar o uso das pipas, mas o do cerol, e também alertar a população que a brincadeira, aparentemente inofensiva, pode causar morte. “Há enorme incidência de casos de óbitos, principalmente entre motociclistas e ciclistas, que tiveram o pescoço cortado. Outros, os dedos amputados, por tentarem tirar a linha do pescoço”, lamentou Custódio.
Segundo o autor da iniciativa, a linha com cerol não é o único risco derivado da brincadeira de empinar pipas. Um fio de alta tensão no caminho também representa perigo. “O contato pode causar queda de energia, curto-circuito e danos aos equipamentos elétricos. Pode matar uma criança em segundos”, ressaltou, ao informar que pretende restringir a prática aos parques e praças onde não há perigo. Outra preocupação do vereador é com relação aos atropelamentos, em detrimento da diversão. “Na tentativa de recuperar a pipa, crianças atravessam esquinas e ruas sem olhar o trânsito”, alertou.
De acordo com o documento, caberá ao poder Executivo fiscalizar e punir os infratores.