No comunicado oficial que fez ao plenário da Câmara Municipal de Curitiba, na manhã de ontem, o vereador Jorge Bernardi justificou sua licença da liderança do bloco oposicionista. Bernardi disse que seu desligamento temporário “ocorre em função de assuntos pessoais e relativos ao processo eleitoral, impedindo dedicação total à função”. O parlamentar explicou, também, que a transferência da liderança para Nilton Brandão não está ligada a questões político-partidárias. “São apenas de ordem pessoal”, enfatizou.
Oposição unida
Bernardi elogiou a postura de Nilton Brandão, que já foi líder da bancada petista e agora, até o final do processo eleitoral, vai liderar todo o bloco de oposição. Ressaltou que o bloco “continuará unido nos embates, citando, como exemplo, a recente derrubada de vetos prefeiturais, em que até o bloco de situação figurou contrário à sua manutenção”, encerrou.
As funções de líder de bancada, na Câmara Municipal, são ocupadas a cada seis meses, correspondendo a um rodízio de escolha partidária, para cada bloco de partidos, entre situação e oposição.
Parlamento democrático
Para o vereador André Passos, que já defendeu a liderança do bloco oposicionista, “a decisão de Bernardi está corretíssima, não comprometendo o bom desempenho dos partidos de oposição que até aqui têm feito excelentes participações na Comissão de Urbanismo da Casa e no Conselho Nacional de Cidades, representando o parlamento curitibano”.
Passos asseverou que “a participação dos partidos de oposição nas sessões plenárias e nas inúmeras discussões promovidas pela Câmara tem assegurado o processo democrático entre o Executivo e o Legislativo defendido pelo PT e pelos demais partidos”.