Belmiro Valverde poderá dar nome a uma escola de Curitiba

por Assessoria Comunicação publicado 12/08/2014 12h10, última modificação 27/09/2021 07h51

Os vereadores de Curitiba pedirão ao Executivo que o professor Belmiro Valverde Jobim Castor seja o nome de uma escola na capital do Paraná, em homenagem ao trabalho desenvolvido por ele em vida. Nesta terça-feira (12), os parlamentares da Câmara Municipal aprovaram um projeto de lei que autoriza o nome de Belmiro para a denominação de um logradouro público da cidade.

A proposição 009.00017.2014 foi protocolada na semana seguinte ao falecimento de Belmiro Valverde, cujo óbito ocorreu no dia 29 de março deste ano 2014. Todos os 38 parlamentares assinaram o projeto de lei e a aprovação, em primeiro turno, foi unânime. A matéria volta ao plenário nesta quarta-feira (13), para última análise, e depois segue para apreciação do Executivo.

Durante o debate, Julieta Reis (DEM) e Jorge Bernardi (PDT) utilizaram a tribuna para explicar a iniciativa e apresentar aspectos da vida do professor Belmiro Valverde que justificam a homenagem. Felipe Braga Côrtes (PSDB), Valdemir Soares (PRB), Paulo Salamuni (PV) e Serginho do Posto (PSDB) utilizaram apartes para demonstrar apoio ao projeto de lei e enumerar episódios em que conviveram com Belmiro.

Trajetória de vida

Belmiro Valverde nasceu na cidade mineira de Juiz de Fora, em 1942, mudou-se criança para Rio Negro, no Paraná, mas concluiu os estudos no Rio de Janeiro. Graduou-se em Direito na Universidade Estadual da Guanabara, em 1964, e depois obteve o título de PhD em Administração Pública nos EUA, na University of Southern California.

Foi secretário de estado do Planejamento do Paraná duas vezes, entre 1974 e 1979 e entre 1983 e 1987. Também atuou como secretário estadual de Educação de 1987 a 1988. Foi diretor do Banco Bamerindus, membro do Conselho Curador da Universidade Federal do Paraná (UFPR), de 2002 a 2004, e integrava o Conselho Superior da Associação Comercial do Paraná desde 2004.

Valverde publicou seis livros. Entre eles "O Brasil não é para Amadores: Estado, Governo e Burocracia na Terra do Jeitinho", que foi traduzido para o inglês e lançado nos Estados Unidos. No campo acadêmico, Valverde foi professor da UFPR de 1971 a 2004 e, atualmente, lecionava na Universidade Positivo e na FAE Business School, além de ser convidado frequente em outras universidades.

Entre suas outras atividades, Belmiro Valverde também era presidente da Associação dos Amigos do Arquivo Público do Paraná, vice-presidente da Associação Alírio Pfiffer de Apoio ao Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas (HC), vice-presidente do Instituto Ciência e Fé de Curitiba e membro da Academia Paranaense de Letras.

Os vereadores destacaram o vínculo que o professor Belmiro Valverde tinha com a educação e os esforços recentes dele para criar um projeto-piloto na área. Em 2012, criou a Escola João Paulo II, no bairro Laranjeiras, em Piraquara, que oferece ensino em dois turnos para crianças da região (onde moram pessoas de baixa renda).