Barradas justificativas de faltas por caravana de Lula
A Câmara Municipal rejeitou, nesta segunda-feira (2), três requerimentos de justificativa de falta da Professora Josete (PT), que na semana passada acompanhou a Caravana Lula pelo Brasil, encerrada na última quarta-feira (28), em Curitiba. Referentes às sessões de 26, 27 e 28 de março (402.00073.2018, 402.00072.2018 e 402.00086.2018, respectivamente), as proposições foram derrubadas pela base do prefeito em votações simbólicas – ou seja, sem a utilização do painel eletrônico. Cada falta à sessão plenária acarreta um desconto de 1/30 do subsídio do vereador, que hoje é de R$ 15.1156,70.
Líder do prefeito na Casa, Pier Petruzziello (PTB) encaminhou a derrubada por se tratar de “manifestação partidária, de não estar ao encontro do anseio desta Casa. Eu sugiro aos senhores que derrubem o requerimento [o primeiro dos três a ser votado], porque ela estava na manifestação do presidente Lula, na manifestação do PT”. O vereador completou que ele defenderia o posicionamento mesmo que a atividade fosse de outra sigla e que os requerimentos não detalham quais eram as atividades partidárias em que Josete estava. "Eu sugiro por uma questão de coerência”, declarou. “Não podemos faltar três dias por atividades partidárias.”
A vereadora já havia falado sobre a caravana durante discurso no pequeno expediente da sessão: “Acredito que desde a abertura democrática no Brasil na década de 80 e da primeira eleição direta, vivemos um dos momentos mais difíceis, por conta de uma postura antidemocrática, que beira o fascismo. Na semana passada tivemos a oportunidade de acompanhar a caravana do presidente Lula”. Para ela, uma “minoria se coloca de uma forma violenta, raivosa e que no meu entendimento faz um desserviço à democracia, coloca o tempo todo o ódio como sua grande bandeira”. Ela relatou “indignação” com “fatos violentos”, como o ataque a tiros que está sendo investigado, mas afirmou que “ao mesmo tempo trago a esperança com um projeto que está vivo”.
“Por várias vezes vereadores justificaram ausências aqui por participarem de atividade de seu partido, terem ido a encontro nacional, e nunca ninguém questionou. Vamos ver se daqui para frente será um critério”, falou Josete, no encaminhamento das proposições. Ela apontou uma justificativa de falta de Petruzziello, de outubro de 2016, em que o parlamentar se ausentou da primeira chamada da sessão devido a uma reunião de seu partido, o PTB (402.00275.2016). A vereadora defendeu que a atividade política "faz parte sim de meu mandato, enquanto parlamentar". “Tranquilamente, não vou passar fome se tiver três dias descontados de meu subsídio”, acrescentou.
Líder da oposição na Casa, Goura (PDT) encaminhou pela aprovação dos requerimentos. Para ele, que teve uma sugestão ao Executivo rejeitada em plenário, na semana passada, “é preciso utilizar o mesmo peso e a mesma medida para todos, e não por picuinha política que não leva a nada”. “Todos estamos filiados a partidos e somos atores políticos da cidade”, opinou.
Primeiro vice-presidente da Câmara, Tico Kuzma (Pros) justificou o voto contra as proposições. Ele comparou a derrubada à rejeição de um requerimento de Felipe Braga Côrtes, na última quarta (402.00082.2018), por avaliar que as justificativas estavam incompletas e não citam a participação de Josete na caravana. “Acredito que não se justificam três dias de faltas por atividades partidárias. Se justificaria se fosse uma convenção do partido, uma reunião muito importante. E aqui votei muito tranquilo. Nos últimos seis anos não justifiquei nenhuma falta, exceto o período por licença de saúde [devido a uma cirurgia no joelho]”, complementou.
Verificação de votação
Antes da votação da segunda das três proposições de Josete, Rogerio Campos (PSC) pediu verificação de quorum. Logo em seguida, o presidente colocou o requerimento em votação e ele chegou a ser aprovado, sob protestos do líder do prefeito. Ele reclamou que não havia sido aberta a discussão. Já o presidente da Casa, Serginho do Posto (PSDB), argumentou que não há debate para justificativas de falta, apenas encaminhamentos.
“Se nós estamos na sessão eu quero que tenha atenção na sessão. Por favor, em suas bancadas, votando”, disse Serginho. Por fim, Petruzziello solicitou o instrumento regimental de verificação de votação, pelo qual os vereadores votaram novamente e a justificativa foi derrubada.
Líder do prefeito na Casa, Pier Petruzziello (PTB) encaminhou a derrubada por se tratar de “manifestação partidária, de não estar ao encontro do anseio desta Casa. Eu sugiro aos senhores que derrubem o requerimento [o primeiro dos três a ser votado], porque ela estava na manifestação do presidente Lula, na manifestação do PT”. O vereador completou que ele defenderia o posicionamento mesmo que a atividade fosse de outra sigla e que os requerimentos não detalham quais eram as atividades partidárias em que Josete estava. "Eu sugiro por uma questão de coerência”, declarou. “Não podemos faltar três dias por atividades partidárias.”
A vereadora já havia falado sobre a caravana durante discurso no pequeno expediente da sessão: “Acredito que desde a abertura democrática no Brasil na década de 80 e da primeira eleição direta, vivemos um dos momentos mais difíceis, por conta de uma postura antidemocrática, que beira o fascismo. Na semana passada tivemos a oportunidade de acompanhar a caravana do presidente Lula”. Para ela, uma “minoria se coloca de uma forma violenta, raivosa e que no meu entendimento faz um desserviço à democracia, coloca o tempo todo o ódio como sua grande bandeira”. Ela relatou “indignação” com “fatos violentos”, como o ataque a tiros que está sendo investigado, mas afirmou que “ao mesmo tempo trago a esperança com um projeto que está vivo”.
“Por várias vezes vereadores justificaram ausências aqui por participarem de atividade de seu partido, terem ido a encontro nacional, e nunca ninguém questionou. Vamos ver se daqui para frente será um critério”, falou Josete, no encaminhamento das proposições. Ela apontou uma justificativa de falta de Petruzziello, de outubro de 2016, em que o parlamentar se ausentou da primeira chamada da sessão devido a uma reunião de seu partido, o PTB (402.00275.2016). A vereadora defendeu que a atividade política "faz parte sim de meu mandato, enquanto parlamentar". “Tranquilamente, não vou passar fome se tiver três dias descontados de meu subsídio”, acrescentou.
Líder da oposição na Casa, Goura (PDT) encaminhou pela aprovação dos requerimentos. Para ele, que teve uma sugestão ao Executivo rejeitada em plenário, na semana passada, “é preciso utilizar o mesmo peso e a mesma medida para todos, e não por picuinha política que não leva a nada”. “Todos estamos filiados a partidos e somos atores políticos da cidade”, opinou.
Primeiro vice-presidente da Câmara, Tico Kuzma (Pros) justificou o voto contra as proposições. Ele comparou a derrubada à rejeição de um requerimento de Felipe Braga Côrtes, na última quarta (402.00082.2018), por avaliar que as justificativas estavam incompletas e não citam a participação de Josete na caravana. “Acredito que não se justificam três dias de faltas por atividades partidárias. Se justificaria se fosse uma convenção do partido, uma reunião muito importante. E aqui votei muito tranquilo. Nos últimos seis anos não justifiquei nenhuma falta, exceto o período por licença de saúde [devido a uma cirurgia no joelho]”, complementou.
Verificação de votação
Antes da votação da segunda das três proposições de Josete, Rogerio Campos (PSC) pediu verificação de quorum. Logo em seguida, o presidente colocou o requerimento em votação e ele chegou a ser aprovado, sob protestos do líder do prefeito. Ele reclamou que não havia sido aberta a discussão. Já o presidente da Casa, Serginho do Posto (PSDB), argumentou que não há debate para justificativas de falta, apenas encaminhamentos.
“Se nós estamos na sessão eu quero que tenha atenção na sessão. Por favor, em suas bancadas, votando”, disse Serginho. Por fim, Petruzziello solicitou o instrumento regimental de verificação de votação, pelo qual os vereadores votaram novamente e a justificativa foi derrubada.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba