Portão, lugar nos ônibus e mais 6 sugestões da CMC à Prefeitura de Curitiba
Além das sugestões sobre segurança na escolas, mais oito foram aprovadas nesta segunda-feira. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)
Além das sugestões dos vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) para que tragédias como a ocorrida em Blumenau não se repitam na capital do Paraná, oito indicações ao Executivo sobre outros assuntos foram aprovadas, nesta segunda-feira (10). Por ordem de votação em plenário, a primeira foi proposta por Eder Borges (PP), para que uma praça do bairro Portão seja transformada em ponto turístico - a Estação do Mel (205.00093.2023).
“Sou nascido e criado no bairro Portão”, justificou o parlamentar, rememorando que havia uma linha férrea na região, que era a ponta da ligação entre Curitiba e Ponta Grossa. Borges propôs que parte desses trilhos seja colocado em uma praça, com um vagão ao estilo “Maria Fumaça”, que seria um museu da história do bairro e um ponto de comércio de produtos coloniais “e de doces à base de mel”. Lembrando da Casa do Apicultor na região, o vereador destacou ser necessário valorizar mais a cultura da criação de abelhas nos centros urbanos.
Autor de quatro sugestões ao Executivo aprovadas hoje em plenário, o vereador Professor Euler (MDB) deu especial atenção ao pedido de implantação de um redutor de velocidade no Alto da XV, perto de um centro de reabilitação neuropediátrica (205.00098.2023). “É importante diminuir o risco de acidentes e proteger as crianças e os pedestres que circulam em frente ao Cerena”, justificou o parlamentar.
Em votação simbólica, o plenário da CMC também endossou pedidos do Professor Euler para que o Executivo dê manutenção e modernize os brinquedos das áreas de lazer infantil da cidade (205.00102.2023); para a criação de uma câmara temática sobre mobilidade urbana dentro da prefeitura (205.00105.2023) e para que as áreas antes destinadas aos cobradores de ônibus, nas linhas que não têm mais esse serviço, sejam convertidas em assentos para a população (205.00106.2023). “Foi uma sugestão da população, para desafogar um pouco o espaço dentro dos ônibus”, afirmou.
Sidnei Toaldo (Patriota) aprovou duas sugestões ao Executivo, nas quais pede que a administração invista na conscientização da população da capital. O parlamentar chamou de “desleixo” a queda no uso de álcool em gel e vê nisso um motivo para retomar os alertas sobre a covid-19 (205.00100.2023). “Está chegando o inverno e ainda há casos, tenho amigos que ficaram em tratamento em casa”, alertou.
Lembrando da vigência da lei municipal 7.833/1991, Sidnei Toaldo exigiu do Executivo mais rigor nas sanções a quem não recolhe os detritos dos seus animais de estimação do parques, praças e vias públicas de Curitiba (205.00108.2023). “Muita gente esquece de levar sacola para recolher os detritos dos animais. Há risco das crianças pegarem alguma doença”, reclamou o parlamentar.
Apesar de não serem impositivas, as indicações aprovados na CMC são uma das principais formas de pressão do Legislativo sobre a Prefeitura de Curitiba, pois são manifestações oficiais dos representantes eleitos pela população e são submetidos ao plenário, que tem poder para recusá-las ou endossá-las. Por se tratar de votação simbólica, não há relação nominal de quem apoiou a medida – a não ser os registros verbais durante o debate, que ficam disponíveis à população no canal do YouTube ou nas notas taquigráficas.
Sugestões à CMC
O plenário aceitou duas sugestões à gestão da própria Câmara de Curitiba, que agora serão avaliadas pela Mesa Diretora da CMC. Marcos Vieira (PDT) pediu que as sessões de votação sejam disponibilizadas também em plataformas de áudio, no formato podcast, além do YouTube (204.00002.2023). Na justificativa, ele diz que disponibilizar informações “nas mais diversas plataformas digitais existentes” ajuda na formação cidadã dos jovens.
Já o vereador Eder Borges (PP) solicitou a revisão do sistema de contratação de comissionados para os gabinetes, mantendo o valor atual, mas retirando a limitação de sete trabalhadores por mandato (204.00005.2023). “O cargo mais baixo paga o dobro do preço de mercado por uma secretária”, exemplificou o parlamentar, que vê na flexibilização uma forma de “ter mais pessoas fazendo atendimento direto à população”.
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