Autor do hino do Paraná é lembrado no Legislativo
A Câmara Municipal de Curitiba recordou, na sessão desta quarta-feira (6), o sesquicentenário do nascimento de Domingos Virgílio do Nascimento, autor das letras dos hinos do Paraná e de Paranaguá. A iniciativa é da vereadora Julieta Reis (DEM), que convidou a jornalista e pesquisadora do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná (IHGB) Zelia Sell, para utilizar o espaço da Tribuna Livre e detalhar seus estudos sobre este personagem histórico. De acordo com a parlamentar, muitos lembram de Domingos apenas por ser autor de letras de hinos, mas desconhecem seu legado cultural. “Há inclusive um busto dele na Praça Osório, e também uma rua de Curitiba foi batizada com o seu nome. Precisamos resgatar a trajetória destas pessoas que ajudaram a construir o estado”, afirmou. Reis destacou, ainda, a origem humilde em Guaraqueçaba, a atuação como militar, jornalista e poeta, tendo sido considerado um dos precursores do simbolismo.
Produtora e apresentadora do programa Nossa História, na rádio Educativa, Zelia defendeu a reedição das obras do escritor, de quem é sobrinha-neta. “São publicações valiosas, como Flora Têxtil do Paraná, um levantamento minucioso de nossa flora, A Hulha Branca, sobre nosso potencial energético, Homem Forte, sobre exercícios militares, O Sul, sobre Julio de Castilhos e a Revolução Federalista, Pela Fronteira (um levantamento geográfico do Paraná), sem falar nos de poemas que estão em Trenos e Arruídos, e muitos outros livros, revistas e jornais”. Relatou também passagens pouco conhecidas de suas atividades: “nascido em 31/05/1863, filho de mãe índia e pai pescador, fugiu de casa para estudar. Destacou-se entre os alunos do Colégio do Professor Cleto, em Paranaguá, e cursou as Escolas Militares de Porto Alegre e da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Lutou na Revolta da Armada, quando comandava um batalhão em Paranaguá. Também foi cientista, tendo pesquisado a propriedade de várias plantas”. A jornalista revelou ainda que a morte do autor, em 30 de agosto de 1905, aconteceu em circunstâncias misteriosas. “Jovem e virtual candidato ao governo do estado, teria sido envenenado por razões políticas”.
Contribuições
Vários vereadores falaram sobre a importância do homenageado para a história e a cultura do Paraná. Para o presidente da Câmara, João Luiz Cordeiro (PSDB), Nascimento é alguém que fez muito pelo estado e merece o reconhecimento de toda a sociedade. Já Professora Josete (PT) argumentou que a consolidação da democracia passa pela valorização dos fatos históricos e defendeu uma revisão no currículo escolar. “Este conteúdo é visto nas séries iniciais, mas não retomado depois”. A opinião foi compartilhada por Denilson Pires (DEM), que acredita haver pouco espaço na grade curricular das escolas reservada aos personagens locais. Autora de livros com conteúdo histórico, Nely Almeida (PSDB) defendeu a importância de saber mais sobre as coisas da “nossa terra e da nossa gente”. Na mesma linha posicionou-se o líder do PV, Paulo Salamuni. Para ele, “quem não valoriza a história, não vive o presente e não tem perspectiva de futuro”. Por sua vez, o líder interino do prefeito, Serginho do Posto (PSBD), acredita que o Paraná seria menor sem a referência desta personalidade. Tico Kuzma (PSB) reverenciou o litoral paranaense, pois de lá surgiram várias figuras históricas e Tito Zeglin (PDT) confessou que é ouvinte do programa Nossa História. Por fim, Pastor Valdemir (PRB) comentou que alguns personagens, assim como Nascimento, deixam marcas na história e nunca serão esquecidos.
Também estiveram presentes Jonathas Alves do Nascimento Pereira e Paulino França do Nascimento Neto, sobrinhos bisnetos de Domingos Virgílio do Nascimento.
Produtora e apresentadora do programa Nossa História, na rádio Educativa, Zelia defendeu a reedição das obras do escritor, de quem é sobrinha-neta. “São publicações valiosas, como Flora Têxtil do Paraná, um levantamento minucioso de nossa flora, A Hulha Branca, sobre nosso potencial energético, Homem Forte, sobre exercícios militares, O Sul, sobre Julio de Castilhos e a Revolução Federalista, Pela Fronteira (um levantamento geográfico do Paraná), sem falar nos de poemas que estão em Trenos e Arruídos, e muitos outros livros, revistas e jornais”. Relatou também passagens pouco conhecidas de suas atividades: “nascido em 31/05/1863, filho de mãe índia e pai pescador, fugiu de casa para estudar. Destacou-se entre os alunos do Colégio do Professor Cleto, em Paranaguá, e cursou as Escolas Militares de Porto Alegre e da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Lutou na Revolta da Armada, quando comandava um batalhão em Paranaguá. Também foi cientista, tendo pesquisado a propriedade de várias plantas”. A jornalista revelou ainda que a morte do autor, em 30 de agosto de 1905, aconteceu em circunstâncias misteriosas. “Jovem e virtual candidato ao governo do estado, teria sido envenenado por razões políticas”.
Contribuições
Vários vereadores falaram sobre a importância do homenageado para a história e a cultura do Paraná. Para o presidente da Câmara, João Luiz Cordeiro (PSDB), Nascimento é alguém que fez muito pelo estado e merece o reconhecimento de toda a sociedade. Já Professora Josete (PT) argumentou que a consolidação da democracia passa pela valorização dos fatos históricos e defendeu uma revisão no currículo escolar. “Este conteúdo é visto nas séries iniciais, mas não retomado depois”. A opinião foi compartilhada por Denilson Pires (DEM), que acredita haver pouco espaço na grade curricular das escolas reservada aos personagens locais. Autora de livros com conteúdo histórico, Nely Almeida (PSDB) defendeu a importância de saber mais sobre as coisas da “nossa terra e da nossa gente”. Na mesma linha posicionou-se o líder do PV, Paulo Salamuni. Para ele, “quem não valoriza a história, não vive o presente e não tem perspectiva de futuro”. Por sua vez, o líder interino do prefeito, Serginho do Posto (PSBD), acredita que o Paraná seria menor sem a referência desta personalidade. Tico Kuzma (PSB) reverenciou o litoral paranaense, pois de lá surgiram várias figuras históricas e Tito Zeglin (PDT) confessou que é ouvinte do programa Nossa História. Por fim, Pastor Valdemir (PRB) comentou que alguns personagens, assim como Nascimento, deixam marcas na história e nunca serão esquecidos.
Também estiveram presentes Jonathas Alves do Nascimento Pereira e Paulino França do Nascimento Neto, sobrinhos bisnetos de Domingos Virgílio do Nascimento.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba