Audiência ouve população sobre projetos para a Copa
Audiência pública ocorrida na tarde desta sexta-feira (8), na Câmara de Curitiba, reuniu associações, sindicatos, partidos e ONGs para discutir sobre as ações para a Copa 2014. A atividade foi promovida pelas comissões permanentes de Legislação, Justiça e Redação, de Economia, Finanças e Fiscalização e de Urbanismo e Obras Públicas para esclarecer sobre as mensagens enviadas pelo prefeito sobre isenção do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) para a Fifa e que institui potencial construtivo relativo ao estádio Joaquim Américo, a Arena da Baixada, que deverão ser votadas no final deste mês na Câmara.
O secretário especial do Estado para Assuntos da Copa, Algaci Tulio, iniciou as explicações quanto à organização do Mundial. Segundo ele, o governo vem trabalhando em sintonia com a prefeitura. “O trabalho vem sendo desenvolvido com absoluta transparência e dentro da legalidade”, disse, citando obras que serão realizadas na Avenida das Torres e outras vias de acesso e a construção da terceira pista do Aeroporto Afonso Pena. “São obras permanentes não só para a Copa e que vão proporcionar ao município e região metropolitana maior mobilidade”, acrescentou.
Suzana Costa, engenheira do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), explicou sobre as ações que a prefeitura está desenvolvendo para a realização da Copa e os benefícios que o evento trará para a cidade. Informou sobre as obras que serão desenvolvidas na Linha Verde Sul, terminal do Santa Cândida e avenida Cândido de Abreu. Ela mostrou ainda o projeto de reforma e ampliação do Estádio Joaquim Américo e disse que Curitiba poderá sediar de três a seis jogos na Copa do Mundo, fora a Copa das Confederações, em 2013. “A estimativa é de arrecadação de R$16,8 bilhões em impostos no país, mesmo com todas as isenções que serão dadas para a Fifa”, acrescentou.
O que gerou mais questionamentos por parte dos participantes foi o projeto que institui o potencial construtivo relativo ao estádio do Atlético, para assim captar recursos para pagar as obras. Para a sua conclusão, foi estimado um total de R$ 135 milhões, divididos em três partes iguais para cada um dos interessados: Atlético, prefeitura e governo do Estado. O Estado repassaria seus R$ 45 milhões diretamente para o município, em recursos de obras públicas. O município, então, teria que repassar R$ 90 milhões, em forma de potencial construtivo, para viabilizar a obra.
As entidades de classe que participaram da audiência questionaram as contrapartidas do clube Atlético. “Quero saber que tipo de intenção tem a prefeitura ao solicitar que o Atlético ofereça ao Estado e ao município dois camarotes para a realização de eventos”, disse o vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR), Gilberto Piva. O presidente do Ippuc, Cléver Ubiratan Teixeira de Almeida, explicou que o interesse dos camarotes é para um trabalho social envolvendo escolas públicas e população carente. Segundo a prefeitura, os camarotes seriam utilizados como prêmio de incentivo a bons desempenhos nas escolas.
Ricardo Mesquita, do Sindicato dos Arquitetos, questionou o uso da Arena e disse ser favorável à construção de um estádio público no bairro Tarumã. “Seria uma arena multiuso, que, inclusive, poderá ser utilizada para as olimpíadas de 2016”. O presidente do Ippuc explicou que a construção de um novo estádio gastaria mais de R$ 400 milhões e que posteriormente o município teria que investir dinheiro para mantê-lo em boas condições. “Foi um posicionamento sensato da cidade optar por uma solução que gastasse menos recursos e também para que não tivéssemos um passivo futuro para a manutenção deste espaço”, afirmou Cléver de Almeida
Vilmar Rodrigues, representante do Movimento Nacional de População de Rua, ressaltou a necessidade de se pensar em políticas para a população de rua na Copa. “Que garantia eu tenho de como será tratada a população de rua quando os holofotes do mundo estarão voltados para a cidade. Gostaria de citar o exemplo da Bahia, que pega moradores de rua e capacita como guias”, citou. Ele acredita que o evento possa trazer benefícios para os moradores de rua. “Estamos buscando políticas públicas. Poderíamos ter um convênio com a prefeitura para dar capacitação a estes desabrigados, dando a eles condições de trabalho”, ressaltou.
Emerson Palhares, da Associação de Moradores Moradias Augusta, apoia a realização do evento na Arena. “Todo mundo vai ganhar com a Copa, o vendedor de sorvete, o pipoqueiro. Não entendo por que o Atlético precisaria arcar com os custos sozinho.”
Para o presidente do Ippuc, “a realização dos jogos na Arena é a conta mais barata a pagar por todos os benefícios que a capital vai receber. Teremos mais de R$ 1 bilhão de receitas para cada cidade diretamente ligada à Copa.”
O secretário especial do Estado para Assuntos da Copa, Algaci Tulio, iniciou as explicações quanto à organização do Mundial. Segundo ele, o governo vem trabalhando em sintonia com a prefeitura. “O trabalho vem sendo desenvolvido com absoluta transparência e dentro da legalidade”, disse, citando obras que serão realizadas na Avenida das Torres e outras vias de acesso e a construção da terceira pista do Aeroporto Afonso Pena. “São obras permanentes não só para a Copa e que vão proporcionar ao município e região metropolitana maior mobilidade”, acrescentou.
Suzana Costa, engenheira do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), explicou sobre as ações que a prefeitura está desenvolvendo para a realização da Copa e os benefícios que o evento trará para a cidade. Informou sobre as obras que serão desenvolvidas na Linha Verde Sul, terminal do Santa Cândida e avenida Cândido de Abreu. Ela mostrou ainda o projeto de reforma e ampliação do Estádio Joaquim Américo e disse que Curitiba poderá sediar de três a seis jogos na Copa do Mundo, fora a Copa das Confederações, em 2013. “A estimativa é de arrecadação de R$16,8 bilhões em impostos no país, mesmo com todas as isenções que serão dadas para a Fifa”, acrescentou.
O que gerou mais questionamentos por parte dos participantes foi o projeto que institui o potencial construtivo relativo ao estádio do Atlético, para assim captar recursos para pagar as obras. Para a sua conclusão, foi estimado um total de R$ 135 milhões, divididos em três partes iguais para cada um dos interessados: Atlético, prefeitura e governo do Estado. O Estado repassaria seus R$ 45 milhões diretamente para o município, em recursos de obras públicas. O município, então, teria que repassar R$ 90 milhões, em forma de potencial construtivo, para viabilizar a obra.
As entidades de classe que participaram da audiência questionaram as contrapartidas do clube Atlético. “Quero saber que tipo de intenção tem a prefeitura ao solicitar que o Atlético ofereça ao Estado e ao município dois camarotes para a realização de eventos”, disse o vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR), Gilberto Piva. O presidente do Ippuc, Cléver Ubiratan Teixeira de Almeida, explicou que o interesse dos camarotes é para um trabalho social envolvendo escolas públicas e população carente. Segundo a prefeitura, os camarotes seriam utilizados como prêmio de incentivo a bons desempenhos nas escolas.
Ricardo Mesquita, do Sindicato dos Arquitetos, questionou o uso da Arena e disse ser favorável à construção de um estádio público no bairro Tarumã. “Seria uma arena multiuso, que, inclusive, poderá ser utilizada para as olimpíadas de 2016”. O presidente do Ippuc explicou que a construção de um novo estádio gastaria mais de R$ 400 milhões e que posteriormente o município teria que investir dinheiro para mantê-lo em boas condições. “Foi um posicionamento sensato da cidade optar por uma solução que gastasse menos recursos e também para que não tivéssemos um passivo futuro para a manutenção deste espaço”, afirmou Cléver de Almeida
Vilmar Rodrigues, representante do Movimento Nacional de População de Rua, ressaltou a necessidade de se pensar em políticas para a população de rua na Copa. “Que garantia eu tenho de como será tratada a população de rua quando os holofotes do mundo estarão voltados para a cidade. Gostaria de citar o exemplo da Bahia, que pega moradores de rua e capacita como guias”, citou. Ele acredita que o evento possa trazer benefícios para os moradores de rua. “Estamos buscando políticas públicas. Poderíamos ter um convênio com a prefeitura para dar capacitação a estes desabrigados, dando a eles condições de trabalho”, ressaltou.
Emerson Palhares, da Associação de Moradores Moradias Augusta, apoia a realização do evento na Arena. “Todo mundo vai ganhar com a Copa, o vendedor de sorvete, o pipoqueiro. Não entendo por que o Atlético precisaria arcar com os custos sozinho.”
Para o presidente do Ippuc, “a realização dos jogos na Arena é a conta mais barata a pagar por todos os benefícios que a capital vai receber. Teremos mais de R$ 1 bilhão de receitas para cada cidade diretamente ligada à Copa.”
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba