Audiência discute práticas restaurativas aplicadas à educação
A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) debateu, em audiência pública nesta quarta-feira (26), práticas restaurativas nas escolas. A iniciativa foi do vereador Professor Silberto (MDB), vice-presidente da Comissão de Educação, Cultura e Turismo. O objetivo do trabalho foi a reflexão entre o poder Legislativo e a sociedade, englobando a conscientização e a responsabilidade que cada um dos segmentos deverá assumir em relação ao tema. As práticas restaurativas são embasadas em esperança, transparência, respeito e participação. “Temos que debater e trazer melhorias para a educação”, frisou Silberto.
Todo áudio do evento pode ser conferido no YouTube. Mais fotos estão disponíveis no Flickr da CMC.
Foram convidados para o evento a promotora de Justiça de Proteção a Educação da Comarca de Curitiba, Swami Mougnot Bonfin, o professor da PUC/PR, Cezar Bueno de Lima, o doutor da PUC/PR, Rodrigo Alvarenga, a jornalista da UniFaesp, Vanessa Barazzetti, a diretora do Colégio Eurides Brandão, Sandra Maria de Oliveira, a integrante do Conselho Regional de Psicologia e professora da Universidade Positivo, Maisa Pereira Penuti, o representante do Centro de Valorização a Vida (CVV), Ralph Grocheviti e o acadêmico de psicologia da Universidade Tuiuti, Vinicius Zanon.
Segundo Vanessa Barazzetti, as últimas décadas vêm sendo marcadas por mudanças em diversas áreas do conhecimento na sociedade e nas escolas. “O professor é muito cobrado, às vezes em uma turma de 60 alunos é impossível identificar as necessidades de cada um, o professor precisa de apoio, assim ele consegue desenvolver um trabalho melhor”. De acordo com a professora Maisa Pereira Penuti, as pessoas estão enfrentando uma dificuldade de olhar e aceitar as diversidades do outro. “As escolas precisam de um profissional de psicologia para ajudar os alunos e professores”, disse.
Na avaliação do professor Rodrigo Alvarenga, toda doença mental está relacionada com um tipo de sofrimento, recitando um poema do psicólogo Vitor Franco: “O desespero é um sofrimento sem propósito”, disse.“Que possamos melhorar o relacionamento dentro da sala de aula”, acrescentou. Segundo Sandra Maria de Oliveira, as violências dentro da sala de aula normalmente são causadas por problemas familiares, baixa autoestima, droga, exclusão social dentre outras causas. Para ela, a escola deveria ser um espaço de harmonia, interação e integração. “Temos que tratar esse aluno bem, temos que humanizar a escola e desta forma teremos um aluno bom”, afirmou.
Na avaliação de Ralph Grochevit, representante do CVV, todos podem ajudar uma pessoa que está com problemas. “Existem conversas que podem evitar uma fatalidade. O CVV conta com voluntários em todo Brasil, que ajuda e ouve os desabafos de quem precisa”, finalizou.
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