Atos de movimentos sindicais dividem opiniões em plenário
Na sessão plenária desta quinta-feira (3), na Câmara Municipal, a vereadora Professora Josete (PT) avaliou como positivo o ato que reuniu, na última terça (1º), Dia Internacional do Trabalhador, 2 mil pessoas na praça Santos Andrade, segundo estimativa da Polícia Militar. Em contraposição, Pier Petruzziello (PTB) criticou a atuação dos sindicatos no Brasil.
Segundo Josete, o dia foi “especial” devido ao “momento histórico” pelo qual passa o país, citando a prisão do ex-presidente Lula e o que ela considera um “desmonte das políticas públicas”, após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. “Não podemos, enquanto movimento social organizado, passar ao lado desse momento, que significa tempo de discutir os diversos projetos que hoje estão em disputa, projetos para o país”, frisou. Para a vereadora, esse 1º de Maio foi um símbolo de “resistência, da defesa da democracia, das liberdades individuais e dos direitos dos trabalhadores”.
Em contraposição, Maria Manfron (PP) contou que, quando voltava de viagem de Brasília, na terça, “dezenas de pessoas dos sindicatos” estavam dentro da aeronave “promovendo baderna, incitando pessoas de bem a se revoltarem”. Já o líder do prefeito, Pier Petruzziello, disse que o dia 1º de Maio deveria ser comemorado “de fato” pelos trabalhadores do Brasil e por aqueles que geram emprego e renda. “A tal classe sindical não serve para nada, rigorosamente para nada”, manifestou. “O PT [referindo-se aos governos Lula e Dilma] teve a chance de mudar o Brasil. Além de não ter mudado, conseguiu piorar e criar uma descrença absoluta nesse país”, classificou.
Em outro momento, o vereador Rogério Campos (PSC), que atua no Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba (Sindimoc), disse que Petruzziello deveria “focar” sobre quem está falando, não generalizando sua opinião sobre todos os sindicalistas. “Na semana passada, ele [Petruzziello] disse que fala muito bem quando entende um assunto. Acho que para falar de sindicalista tem que ser alguém que trabalhou de carteira assinada”, retrucou Campos.
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