Associação Comercial presenteia Câmara com retrato do Barão do Serro Azul
Durante o pequeno expediente da sessão plenária desta terça-feira (28), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) recebeu Gláucio José Geara, presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP) que presenteou a Casa com um retrato de Ildefonso Pereira Correira, o Barão do Serro Azul. Em 20 de maio deste ano, completaram-se 125 anos da morte do barão, que foi fundador da Associação, do Clube Curitibano e que teve importância fundamental na política local na virada do século XIX para o XX. Gláucio e outros representantes da Associação foram saudados por Sabino Picolo (DEM), presidente da Câmara, que destacou o projeto “Rosto da Cidade”, uma partceria entre a Câmara e a Associação Comercial que visa revitalizar os prédios históricos da capital, na linha que vai do entorno da antiga ferroviária até a praça 19 de Dezembro.
Picolo também exaltou a figura do barão e lembrou que ele exerceu, entre outras atividades, a de presidente da Câmara Municipal de Curitiba. Em sua fala, Gláucio Geara destacou sua longa ligação com a casa, a começar por seu irmão Amadeu Geara, que esteve à frente de dois mandatos como vereador e posteriormente, de forma inédita, foi eleito diretamente deputado federal. “Também nessa Casa, meu avô, o arquiteto italiano João de Mio recebeu o título de Cidadão Honorário”.
“Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul foi o fundador da Associação Comercial do Paraná, do Clube Curitibano e também da Impressora Paranaense. Foi um visionário em sua época”, destacou Geara que também lembrou o fato de que o barão foi presidente provisório da província, deputado estadual e vereador, tendo sido presidente da Casa em 1888. “À frente desse cargo ele libertou todos os escravos de Curitiba, quatro meses antes da assinatura da Lei Áurea”. O presidente da Associação Comercial salientou que o barão foi à sua época, o maior produtor de erva mate do mundo.
“Recentemente o filme "O preço da paz" contou a história do barão, que conseguiu evitar que Curitiba fosse saqueada durante a revolução federalista em 1894, quando revoltosos maragatos invadiram a cidade”, disse Geara. No mesmo ano foi julgado por traição e preso. Quando estava sendo transferido para o Rio de Janeiro, foi morto no quilômetro 65 da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, tendo sua reputação resgatada apenas muitos anos depois. Geara lembrou que o nome do barão consta no Livro dos Heróis da Pátria que se localiza no Panteon em Brasília. Também estavam presentes o empresário Marcos Domakoski, presidente do Movimento Pró-Paraná; a ex-vereadora Márcia Schier; e o ex-deputado e ex-ministro Luiz Carlos Borges da Silveira, entre outros. Leia mais sobre o Barão do Serro Azul.
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