"As pessoas não sabem onde pagar a luz", critica vereadora
Foi novamente questionada no plenário da Câmara de Curitiba, nesta quarta-feira (11), a rescisão do convênio entre a Copel (Companhia Paranaense de Energia) e a Caixa Econômica Federal que permitia o pagamento das contas de luz em lotéricas. O tema foi abordado por Julieta Reis (DEM) já no início da sessão, sendo retomado logo depois por Felipe Braga Côrtes (PSD).
“As pessoas não sabem onde pagar suas contas. Soube de senhoras que têm horário de trabalho [nessa situação] e não podem correr a cidade inteira pra descobrir onde pagar [a luz]”, disse a vereadora. Julieta também indagou o porquê de a Copel não receber pagamentos de fatura na sua sede da avenida Visconde de Nácar. “A Copel é uma referência no Brasil, mas não respeita seus usuários”, reclamou a parlamentar.
Braga Côrtes, que desde março aponta os problemas decorrentes disso para os usuários e para as casas lotéricas, explicou que o convênio entre a Copel e a Caixa foi rescindindo “de uma hora para outra”, “sem aviso prévio às lotéricas e, muito menos, aos usuários”. Ele chegou a participar de reuniões entre a a Copel Distribuição e o Sinlopar (Sindicato dos Empresários Lotéricos do Paraná), mas os encontros não superaram o entrave. “Esperamos que a governadora Cida Borghetti olhe com atenção para esse tema”, afirmou.
“A rescisão”, tinha dito o vereador em plenário, “ocorreu única e exclusivamente por questões financeiras. O valor [cobrado pela Caixa para receber cada fatura] passaria de R$ 0,90 para R$ 1,32 ou R$ 1,37 – um aumento de 47%. A Copel alegou uma dificuldade de comprovação [da necessidade disso] para o aumento ser nesses valores”, relatou Braga Côrtes, citando novamente o dado de que havia, em Curitiba, lotéricas que atendiam sozinhas até 4 mil clientes da Copel.
Serginho do Posto (PSDB), presidente da Casa, disse que recebeu uma nota da Copel sobre o assunto, que deverá ser lida na sessão plenária da próxima segunda-feira (16).
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