Artigo - Projeto de rodízio de carros em Curitiba é ilusão
Tramita na Câmara Municipal de Curitiba o projeto que institui o rodízio de carros, nos moldes do sistema usado em São Paulo, com a iniciativa de melhorar o trânsito e diminuir o excesso de poluentes no ar da capital paranaense. Nada mais é do que pura ilusão.
Estudos mostram que o rodízio de automóveis acaba incentivando as pessoas a comprar mais carros, para poder usá-los em dias diferentes e não procurar outras alternativas de transporte.
Outro fato é que os veículos acabam tendo uma maior vida útil porque muitas pessoas não têm dinheiro para trocá-los e, isto sim, significa um empecilho a mais para o combate à poluição atmosférica, ainda mais se pensarmos que os carros comprados para "burlar" o rodízio também sejam de mais idade. Em São Paulo, as pessoas estão comprando qualquer carro velho para usar nos dias em que não podem tirar o novo da garagem. Temos que pensar nisso, principalmente porque os veículos antigos são ainda mais prejudiciais ao meio ambiente.
Na capital paulista, por exemplo, única cidade que adota o rodízio no Brasil, a restrição, contudo, não tem sido eficaz na redução de poluentes na atmosfera paulistana, cuja taxa aumenta 5% ao ano devido aumento da frota de veículos.
O rodízio de veículos desvinculado de uma política a longo prazo de desenvolvimento de outras formas de transportes alternativos, não é suficiente para solucionar os problemas a que se propõe combater. Alternativas como alterar o horário de funcionamento do comércio serviriam para desafogar o trânsito. Com a abertura em horários fracionados (8h, 8h30 e 9h), o trânsito se distribuiria entre esses horários.
Lembramos ainda que mais de 290 mil motoristas em São Paulo não respeitam o rodízio todos os dias. A solução para os congestionamentos nas grandes cidades deve levar em conta a implantação de uma boa infra-estrutura de transporte público e políticas adequadas de uso e ocupação de solo.
Na verdade, deve-se estimular a utilização de meios coletivos de deslocamento, conscientizar a população sobre a carona de amigos e a racionalização do uso dos automóveis, afim de transformar uma cidade em um lugar agradável e bom para se viver.
Vereador Pastor Gilso de Freitas
Estudos mostram que o rodízio de automóveis acaba incentivando as pessoas a comprar mais carros, para poder usá-los em dias diferentes e não procurar outras alternativas de transporte.
Outro fato é que os veículos acabam tendo uma maior vida útil porque muitas pessoas não têm dinheiro para trocá-los e, isto sim, significa um empecilho a mais para o combate à poluição atmosférica, ainda mais se pensarmos que os carros comprados para "burlar" o rodízio também sejam de mais idade. Em São Paulo, as pessoas estão comprando qualquer carro velho para usar nos dias em que não podem tirar o novo da garagem. Temos que pensar nisso, principalmente porque os veículos antigos são ainda mais prejudiciais ao meio ambiente.
Na capital paulista, por exemplo, única cidade que adota o rodízio no Brasil, a restrição, contudo, não tem sido eficaz na redução de poluentes na atmosfera paulistana, cuja taxa aumenta 5% ao ano devido aumento da frota de veículos.
O rodízio de veículos desvinculado de uma política a longo prazo de desenvolvimento de outras formas de transportes alternativos, não é suficiente para solucionar os problemas a que se propõe combater. Alternativas como alterar o horário de funcionamento do comércio serviriam para desafogar o trânsito. Com a abertura em horários fracionados (8h, 8h30 e 9h), o trânsito se distribuiria entre esses horários.
Lembramos ainda que mais de 290 mil motoristas em São Paulo não respeitam o rodízio todos os dias. A solução para os congestionamentos nas grandes cidades deve levar em conta a implantação de uma boa infra-estrutura de transporte público e políticas adequadas de uso e ocupação de solo.
Na verdade, deve-se estimular a utilização de meios coletivos de deslocamento, conscientizar a população sobre a carona de amigos e a racionalização do uso dos automóveis, afim de transformar uma cidade em um lugar agradável e bom para se viver.
Vereador Pastor Gilso de Freitas
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba