Artigo - Dia Internacional da Mulher
Neste diapasão, aproximadamente 130 tecelãs da indústria têxtil, mais precisamente da fábrica de tecidos Cotton, sediada em Nova Iorque, decidiram terminantemente paralisar suas atividades laborais, exigindo firmemente o direito à jornada de 10 horas. Este era o dia 8 de março de 1857, um verdadeiro marco histórico da primeira greve nos Estados Unidos, planejada e executada por mulheres. Infelizmente, as autoridades policiais reprimiram violentamente o movimento feminista e operário, obrigando as trabalhadoras a se refugiarem na fábrica. Os proprietários das empresas, em conjunto com a polícia, cercearam a liberdade das grevistas, fechando todos os acessos da fábrica onde as manifestantes se encontravam e de maneira hedionda iniciaram um incêndio que veio a fatalizar todas as tecelãs.
Em 1910, na ocorrência da II Conferência Internacional de Mulheres, sediada na Dinamarca, houve a proposição e ficou definitivamente estabelecido o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher, homenageando as heroínas que tiveram suas vidas ceifadas em prol deste ideal de dignidade no trabalho e igualdade de condições perante a sociedade.
São inúmeras as árduas conquistas da mulher brasileira, que há 142 anos obteve o acesso à educação formal; há 74 anos, o direito ao voto; há 17 anos, a igualdade entre os sexos consagrada na Constituição Brasileira. Atualmente, as mulheres ocupam espaço cada vez maior na sociedade, participando ativamente em todos os setores, como, por exemplo, na Câmara Municipal de nossa Capital, onde contamos com seis valorosas vereadoras, um número em constante expansão ao longo das legislaturas, representando os mais variados segmentos de nossa população, bem como a indispensável produtividade das inúmeras colegas de trabalho que compartilham todas as atividades desta Casa de Leis.
Você que busca no dia a dia sua
independência, sua liberdade, sua
identidade própria;
Você que luta profissional e
emocionalmente para ser
valorizada e compreendida;
Você que a cada momento tenta ser a
companheira, a amiga, a "rainha do lar";
Você que batalha incansavelmente por seus
próprios direitos e também por um mundo
mais justo e por uma sociedade sem
violências;
Você que resiste aos sarcasmos daqueles
que a chamam, pejorativamente, de
feminista liberal e que já ocupa um
espaço na fábrica, na escola, na
empresa e na política;
Você, eu, nós que temos a capacidade de
gerar outro ser, temos também o dever de
gerar alternativas para que a nossa Ação
criadora realmente ajude outras
mulheres a conquistarem
a liberdade de Ser...
Vereador Denilson Pires, primeiro vice-líder do DEM
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba