Artesanato de Curitiba: CMC comemorou 42 anos da Anav com sessão solene
Nesta sexta-feira (15), a Associação dos Núcleos Artesanais de Vizinhança (Anav) foi homenageada pela Câmara Municipal de Curitiba (CMC), com uma sessão solene, em comemoração aos 42 anos da entidade que, desde 1981, atua dando suporte às artesãs e artesãos do Paraná. A solenidade foi organizada pelos vereadores Rodrigo Reis (União) e Beto Moraes (PSD), no auditório da CMC, com a presença da atual presidente da Anav, Deonilda Machado, da ex-vereadora Julieta Reis, da coordenadora estadual do artesanato, Priscila Loureiro de Mello, e de diversas pessoas ligadas ao setor.
“A Anav foi criada no dia 13 de junho de 1981, e desde então trabalha pelos artesãos de Curitiba, para que eles sejam bem representados e valorizados em todo o Brasil”, afirmou Deonilda Machado, após lembrar como a associação fez a diferença para várias famílias da capital, durante o desemprego dos anos 1980, e do papel fundamental da então primeira-dama de Curitiba, Fanny Lerner, na fundação da associação. Primeiro presidente da Anav, o artesão Jaime Antônio Piloni veio de Quitandinha, onde reside, para a cerimônia em homenagem ao aniversário da associação.
Coordenando a sessão solene, Rodrigo Reis destacou a importância da Anav para os artesãos da cidade, que conseguem na associação suporte administrativo e inserção em feiras nacionais e internacionais. “Temos que expandir o artesanato por todo o Paraná, criando incentivos maiores para o setor. Vamos trabalhar junto com a Fomento Paraná, para que possam comprar mais equipamentos, para terem financiamentos”, prometeu o vereador. Durante a sessão solene, Rodrigo Reis entregou certificados para vários artesãos da capital e defendeu a filiação à associação, como uma forma de fortalecer a articulação do segmento.
Colocando-se como “testemunha ocular da história”, a ex-vereadora Julieta Reis elogiou a longevidade da Associação dos Núcleos Artesanais de Vizinhança. “Nós fazemos parte de uma grande família, os mais antigos sabem que essa é a história da feira de artesanato, da Anav. Muitas associações foram criadas [nesses 42 anos], mas nenhuma sobreviveu, foi a Anav que sobreviveu”, destacou. Julieta Reis traçou a história do artesanato na cidade, da coordenação que funcionava no Centro de Criatividade, no Parque São Lourenço, à criação da Casa do Artesanato, em cujas dependências passou a funcionar a associação, nos anos 1980.
“A Fundação Cultural de Curitiba estava em uma atividade muito grande na gestão do prefeito Jaime Lerner. Foi a [primeira-dama] Fanny Lerner que deu início, que conseguiu um aporte do Banco Mundial para viabilizar as atividades”, rememorou Julieta Reis. Defendendo o associativismo, a ex-vereadora disse que “o espaço político é importante não pelo poder, mas porque a gente precisa do poder para resolver os problemas”. “Nas crises [econômicas do Brasil] nos anos 1970 e 1980, o artesanato organizado foi tábua de salvação de muitas pessoas”, testemunhou Julieta Reis.
Subordinada à secretária estadual da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre dal Ponte, Priscila Loureiro de Mello, que é a coordenadora estadual do artesanato, afirmou que “[o governo do Paraná] está à disposição para construir uma parceria sólida”. “O artesanato é fomentado na sua maioria por mulheres, que além de preservarem as culturas regionais, têm na atividade uma importante fonte de renda”, reconheceu Priscila de Mello.
Romana Alexandra de Alexandre, da Cooperativa Social dos Artesãos e Empreendedores do Paraná; Fabiana Pedroso, do mandato do vereador Beto Moraes; Silvane Farah, assessora da deputada estadual Flávia Francischini; Carlos Zaneti, da administração regional do Boa Vista; e Elvo Benito Damo, um dos precursores do Centro de Criatividade de Curitiba, compareceram e tiveram falas no evento.
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