Aprovados leitores de impressão digital nos bancos

por Assessoria Comunicação publicado 09/11/2010 19h05, última modificação 01/07/2021 09h18
Agências bancárias de Curitiba terão que instalar leitores de impressão digital na entrada, junto à porta giratória. A medida, prevista em projeto de lei do vereador Mario Celso Cunha (PSB), foi aprovada nesta segunda-feira (8), em primeira votação, na Câmara Municipal. A ideia é criar mais um mecanismo de defesa do cidadão, inibindo a ação de assaltantes e o chamado crime conhecido como “saidinha de banco”.
A proposta, segundo Mario Celso, foi uma sugestão do delegado Luiz Carlos de Oliveira e irá complementar outras leis que também visam a segurança dos clientes, como as que obrigam a instalação de portas giratórias com detector de metal, divisórias separando os caixas do público, e a que proíbe o uso de telefone celular no interior dos estabelecimentos bancários.
Luiz Carlos de Oliveira acompanhou a votação e explicou que o armazenamento das digitais dos clientes em um banco de dados facilitará a identificação e prisão dos criminosos, além de coibir novas ações. "Após a implantação do leitor de impressão digital, quem estava com planos de entrar na agência para coletar informações sobre vítimas, certamente não se arriscará  com medo de ser pego", avaliou o delegado.
Punição
Se o projeto for aprovado também em segundo turno nesta quarta-feira (10) e a lei sancionada pelo prefeito, as agências terão um prazo de 120 dias para a implantação do sistema. Após este período, quem não cumprir a determinação estará sujeito à multa de R$ 800 e, em caso de reincidência, o dobro do valor.
Debate
Em apartes, os vereadores concordaram com Mario Celso que a medida complementará outras leis, enfatizando a que proíbe o uso de telefone celular nos bancos da cidade, de autoria do primeiro vice-presidente, Tito Zeglin (PDT). A lei passou a vigorar em setembro deste ano e foi criada para dificultar a ação de quadrilhas especializadas no assalto a correntistas que estejam transportando  valores.
Para o vereador Tico Kuzma (PSB), as iniciativas apresentadas na Câmara mostram a preocupação dos vereadores em garantir a segurança dos cidadãos, seja qual for a tática usada pelos criminosos. Ele falou sobre a lei que unifica documentos,  sancionada no mês passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autorizando o registro civil único. “Possui chip, que armazena todas as informações da pessoa e também as impressões digitais”, informou, acrescentando que  as impressões digitais serão encaminhadas para o Instituto Nacional de Identificação (INI), da Polícia Federal, que terá um único banco de dados. A intenção, conforme Kuzma, é gerar um número nacional para todos os brasileiros para acabar com o problema de homônimos (pessoas que têm o mesmo nome) e principalmente com fraudes. A carteira de identidade, o passaporte, o CPF e a carteira de habilitação são alguns dos documentos que passarão a ter o mesmo número de registro, de acordo com a lei, cuja implementação deve começar dentro de um ano.
A ampliação do monitoramento por câmeras no entorno das agências bancárias, aprovada recentemente pela Casa e que aguarda sanção do prefeito Luciano Ducci (PSB), também foi lembrada durante o debate. “Através do cadastro biométrico de quem utiliza estes estabelecimentos, por meio dos leitores de impressão digital, e a vigilância eletrônica nos estacionamentos e em pontos de acesso às agências, conseguiremos ampliar a segurança e evitar a ação de criminosos, muitas vezes fatal”, avaliou Mario Celso.
O vereador Paulo Frote (PSDB), autor da Lei dos Biombos, sugeriu que na sequência os vereadores trabalhem em um projeto que consolide todas as leis de maneira que facilite a implantação e fiscalização das medidas.