Aprovado votos de louvor a ministro

por Assessoria Comunicação publicado 16/10/2012 16h10, última modificação 03/09/2021 10h33
O plenário da Câmara Municipal de Curitiba aprovou, nesta terça-feira (16), requerimento solicitando votos de louvor e aplausos ao ministro Joaquim Barbosa pela eleição para a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, posição que assumirá em novembro. A proposta é do vereador Jair Cézar (PSDB).
Considerado, neste século, o primeiro presidente negro da Corte Suprema, Joaquim Barbosa recebe o reconhecimento público do Legislativo curitibano, com a aprovação do documento. O parlamentar afirmou, na tribuna, que “nós, sem preconceito de qualquer natureza, torcemos que esse tipo de inclusão ocorra amplamente e em todos os meios. Também nos congratulamos com a família de Joaquim Barbosa e com milhares de brasileiros que perseguem seus objetivos de vida e bem comum”.
De acordo com o vereador, “mais do que destacar a ascensão de um afro-descendente, nossa intenção é a de oferecer o reconhecimento público do Legislativo curitibano, pela excelente folha de serviços prestados à Nação e por algumas das questões que defende naquela corte”. Barbosa é contra que o Ministério Público possa arquivar inquéritos administrativamente ou presidir inquéritos policiais. Defende que se transfira a competência para julgar processos sobre trabalho escravo para a Justiça Federal e se opõe, também, ao foro privilegiado para autoridades.
Conforme registros históricos do último século, embora se diga que ele é o primeiro negro a ser ministro do STF, ele será o terceiro, sendo precedido por Pedro Lessa, em 1907, e Hermenegildo de Barros, em 1919 .
Biografia
Primogênito de oito filhos de um pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando estes se separaram. Aos 16 anos, foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve o bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, conquistou o título de mestre em Direito do Estado. Foi oficial de chancelaria do Ministério de Relações Exteriores entre os anos de 76 e 79. Serviu na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia, e, depois, advogou pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a maior empresa pública de prestação de serviços em tecnologia da informação da América Latina, criada em 64 e vinculada ao Ministério da Fazenda. O Serpro surgiu para modernizar e dar agilidade a setores da administração pública.
Em seguida, prestou concurso público para procurador da República e foi aprovado. Licenciou-se do cargo e foi estudar na França por quatro anos, onde fez mestrado e doutorado, ambos em Direito Público, pela Universidade de Paris, entre 1990 e 1993. Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade Estadual do Rio (Uerj). Atuou nas universidades de Columbia, em Nova York, e da Califórnia, em Los Angeles. Fez estudos complementares de idiomas no Brasil, Inglaterra, Estados Unidos, Áustria e Alemanha. Além de ser fluente em francês, inglês, alemão e espanhol, toca piano e violino.