Aprovado pedido para ônibus que vá do Caximba ao Tatuquara
Vereador Mestre Pop teve aprovado pelo plenário pedido para criação de linha de ônibus. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)
Nesta segunda-feira (20), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) concordou em encaminhar ao Executivo, com a chancela da CMC, uma sugestão para a criação de uma linha direta entre o bairro Caximba e o Terminal do Tatuquara, visto que hoje não há essa ligação. “Quem mora no Caximba, para chegar ao terminal, tem que pegar a linha 659 Caximba/Olaria, ir até o Terminal do Pinheirinho, para então conseguir pegar outro ônibus ao Terminal do Tatuquara”, protestou Mestre Pop (PSD), autor do requerimento. No pedido à Prefeitura de Curitiba (205.00202.2022), ele coloca que se houver uma linha direta, o trajeto, “que é de apenas sete quilômetros”, será feito em 13 minutos.
“O Terminal do Tatuquara foi uma grande conquista da comunidade, de muitos anos”, reconheceu Mestre Pop, acrescentando que agora é necessário integrá-lo à região. O vereador alertou que grande parte das 2 mil famílias que moram no Caximba encontram-se em estado de vulnerabilidade social e, sem esse transporte público, têm dificuldade para acessar a UPA e a Rua da Cidadania no entorno do terminal de ônibus. “Nem todo mundo dispõe de carro ou de vizinho que possa dar o socorro, por isso criar essa linha, para dar acesso o mais rápido possível, emergencialmente, ainda que seja um ônibus de pequeno porte”, insistiu.
O pedido foi apoiado por Mauro Bobato (Pode) e Toninho da Farmácia (União). Informando que já existe uma discussão na Urbs sobre criar uma linha circular na Regional Tatuquara, Bobato disse que um obstáculo ao projeto é a condição viária da área, “que precisa de mais robustez, vias precisam ser alargadas”. “Talvez para uma linha circular precise, mas para ligar ao Terminal do Tatuquara basta um ônibus de pequeno porte”, defendeu Pop. Toninho disse que a linha beneficia também trabalhadores da região, que hoje precisam ir ao Pinheirinho para daí retornar ao Tatuquara. A sugestão será convertida em ofício e remetida à Prefeitura de Curitiba.
Mesma creche, dobro da população
“O Vitória Régia teve um aumento muito grande da população, com as novas moradias e conjuntos residenciais construídos [recentemente]. Assim, o atual CMEI [Centro Municipal de Educação Infantil] não comporta a demanda atual, de forma que os pais não têm encontrado vagas para colocarem seus filhos [nas creches públicas] e estão se deslocando para outros bairros”, alerta Toninho da Farmácia (União). O vereador submeteu e o plenário da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou, nesta segunda-feira (20), uma sugestão ao Executivo para enfrentar o problema.
Toninho da Farmácia pede a criação de mais uma creche pública na região do Vitória Régia, dentro do bairro Cidade Industrial de Curitiba (205.00196.2022), para reduzir o deslocamento dos pais. “O CMEI que existe hoje foi inaugurado em 2010, na gestão do ex-prefeito Beto Richa, e de lá para cá o número de moradores praticamente dobrou. É uma vila onde o pessoal trabalha fora e tem dificuldade com os filhos, pois não tem local para deixá-los. Na gestão Fruet, havia projeto para um novo CMEI, mas não houve tempo hábil”, disse o parlamentar.
A vereadora Amália Tortato (Novo) elogiou a proposição, destacando que as mulheres só podem participar do mundo do trabalho se souberem que tem “um lugar seguro para deixar as crianças”. “De repente, em vez de construir um novo CMEI, ampliar a parceria com a iniciativa privada nesta região seja uma opção para atender imediatamente as crianças na fila de espera”, sugeriu a parlamentar. Toninho da Farmácia disse não ser contra a solução proposta, apenas informou que o Executivo já dispõe de um espaço para a nova creche, próxima da já existente, logo deveria aproveitar essa oportunidade.
Apesar de não serem impositivos, os requerimentos e as indicações aprovados na CMC são uma das principais formas de pressão do Legislativo sobre a Prefeitura de Curitiba, pois são manifestações oficiais dos representantes eleitos pela população e são submetidos ao plenário, que tem poder para recusá-los ou endossá-los. Por se tratar de votação simbólica, não há relação nominal de quem apoiou, ou não, a medida – a não ser os registros verbais durante o debate.
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