Aprovado em segundo turno projeto que preservará os lençóis freáticos

por Assessoria Comunicação publicado 13/05/2009 17h45, última modificação 24/06/2021 07h26
Projeto de lei que promoverá a preservação dos lençóis freáticos de Curitiba,  sujeitos à  contaminação por causa dos cemitérios  foi aprovado em segundo turno, nesta quarta-feira (13). A iniciativa, do vereador Paulo Frote (PSDB), contou mais uma vez com a unanimidade de votos favoráveis. Urnas, caixões, ataúdes ou esquifes deverão ser impermeabilizados internamente com material apropriado, evitando o derrame do necrochorume. Com a aprovação do projeto, a matéria segue agora para sanção do prefeito Beto Richa.
A medida proposta por Frote  se transforma em mais um agente de preservação ao meio ambiente e à vida humana. Os cemitérios, que à primeira vista não oferecem riscos, também podem causar danos à natureza e à saúde da população. “Esses danos ocorrem quando os microorganismos encontrados nos corpos em decomposição chegam aos mananciais,” explica o parlamentar, lembrando  que, após a morte, a água do corpo humano, que representa 70% da matéria, se transforma em substância chamada necrochorume. Esse líquido, composto por água, sais minerais e substâncias orgânicas muito tóxicas, representa um meio ideal para a proliferação de doenças como poliomielite e hepatite. As principais causas da contaminação são geralmente a presença de túmulos malfeitos, a manutenção precária e a má localização dos cemitérios. "Embora o assunto seja tema de pesquisa, representando uma ameaça à saúde da população, existem poucas regulamentações, não recebendo o devido mérito, provavelmente por desinformação", avaliou Frote.
Impermeabilização
Na opinião do vereador, o valor gasto para a impermeabilização é ínfimo se comparado ao bem gerado ao meio ambiente e à população. A despoluição de um lençol freático leva mais de 300 anos e sua área de abrangência é muito grande. Entre cemitérios-parques e verticais, os primeiros  também acabam poluindo os lençóis. Já nos verticais, o necrochorume não entra em contato com o solo, sendo depositado nas gavetas e evaporando com o tempo.  Apenas um cemitério-parque de Curitiba possui certificado de acordo com as normas ambientais.