Aprovada proibição ao tráfego noturno de cargas

por Assessoria Comunicação publicado 05/04/2005 17h20, última modificação 20/05/2021 15h58
A Câmara Municipal aprovou, nesta terça-feira (5), projeto de lei que proíbe o tráfego no período noturno de composições de carga em Curitiba. A iniciativa é do líder do PT, vereador André Passos, que,  ao fazer uso da tribuna, comentou os transtornos que a cidade sofre em decorrência da falta de legislação pertinente. “Não podemos mais suportar que os trens cortem a cidade, a qualquer momento,  e não tragam nenhum benefício para ela”, justificou o parlamentar.
De acordo com a proposta, não se aplica a proibição aos trens de turismo, de passageiros e aos de carga perecível. O documento determina, ainda,  que é considerado período noturno  o compreendido entre 22h e 7h (Lei Municipal do Silêncio).
Ao usar a tribuna, o líder do PMDB, vereador Paulo Salamuni, questionou que, “se a cidade de São Paulo pode proibir o tráfego de aviões depois da 22h, no Aeroporto de Congonhas, porque Curitiba não pode  proibir o tráfego dos trens, uma vez que estes também  causam  alteração?”, disse.
Descumprimento
O não cumprimento da lei será punida com as sanções da Lei do Silêncio, que prevê, entre outros itens, notificação, multa e cassação da licença ambiental.
Cancelas
Também na sessão desta terça, o plenário aprovou outro projeto de lei de autoria de André Passos, o que  dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de cancelas nas passagens de nível, em Curitiba.
O documento determina que as passagens de nível do município deverão utilizar sinalização horizontal e vertical, contendo, obrigatoriamente,  linha de retenção, faixa contínua, retângulo de advertência, indutor de redução de velocidade, olho de gato, aviso de pare, sonorizador, poste com placas e sinais luminosos, cancela automática, placas de  limite de velocidade, braço aéreo com placas e sinais luminosos.
“Os acidentes diminuíram de 2002 para cá “, afirmou Passos, lembrando das mudanças sugeridas pela Comissão Especial da Câmara, em 2001, que estudou os problemas da interseção do sistema viário com o ferroviário e as falhas de segurança existentes.
“É preciso ter segurança no trânsito, tanto pedestres como  motoristas, já que o apito do trem não é suficiente para impedir a ocorrência de acidentes”, conclui o vereador.