Aprovada operação para construção do Museu de História Natural de Curitiba
A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou, em primeira discussão, projeto de iniciativa da Prefeitura que permuta uma área vizinha ao Jardim Botânico para a construção do Museu de História Natural de Curitiba (005.00065.2019). Segundo a proposição, são dois terrenos, de 1.564 m² e de 3.307,5 m² da empresa Administração, Participação e Atividade Imobiliária Trevo LTDA em troca de imóveis que totalizam 10.010 m². Tantos os lotes privados quanto os do patrimônio municipal foram avaliados em R$ 9,499 milhões. A proposta foi aprovada com 23 votos favoráveis, 4 contrários e 1 abstenção e agora volta à discussão em segundo turno nesta terça-feira (18) e depois segue para sanação do prefeito Rafael Greca.
O líder do prefeito Pier Petruzziello (PTB) esclareceu que os débitos apontados pela Procuradoria do Município foram pagos. “Não seria correto por parte da prefeitura efetuar o negócio se eles [os débitos] estivessem abertos”, disse o vereador. De acordo com ele, o fato dos valores atribuídos aos imóveis – tanto da prefeitura quanto da empresa – possuírem valores iguais não é uma coincidência. “Isso é feito dentro de uma margem de negociação: os imóveis da prefeitura foram colocados no valor de mercado no máximo e os imóveis da Trevo foram colocados no valor de mercado entre o mínimo e o médio. O valor é combinado para que ninguém tenha que voltar dinheiro pra ninguém. Trata-se de uma margem de negociação absolutamente comum”, expĺicou Petruzziello, após questionamentos de Professora Josete (PT).
Professor Euler indagou a Pier se o valor dos imóveis da prefeitura foi superavaliado pra fazer coincidir com o valor dos imóveis da Trevo de forma a não haver nenhum tipo de ressarcimento. “Se isso não fosse feito a prefeitura teria de pagar um valor extra para fazer a permuta?”, perguntou. Pier retomou a ideia de que toda a negociação é feita dentro de um parâmetro legal: “Não é um acordão”, explicou Pier. Josete lembrou que apresentou um voto em separado na Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização da CMC, assim como Marcos Vieira (PDT) propôs na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “Nós temos uma avaliação da Comissão de Avaliação de Imóveis da Secretaria Municipal de Planejamento e Administração que nos preocupa porque até os centavos são iguais na quantificação dos terrenos da prefeitura e da empresa”.
Denominação
O projeto (009.00034.2018) que denomina de Francisco Toda um dos logradouros públicos da capital, de autoria de Bruno Pessuti (PSD), foi aprovado com 23 votos positivos, também em primeiro turno. Surgida nos pedidos de leitores do Jornal do Juvevê, a proposta visa, segundo ao autor, homenagear a figura de Francisco Toda, natural da cidade de Tupã, no interior de São Paulo, que se mudou para o Paraná em 1947. “Teve dois filhos: Lucília Terumi Toda, falecida precocemente, e Marcos Takao Toda, que tem 49 anos de idade, Juiz de Direito da Vara Criminal do Município da Lapa. Em 2002, o homenageado mudou-se definitivamente para Curitiba para acompanhar o filho que atuava como Juiz de Direito no Município de Cerro Azul, próximo a Curitiba. Em Curitiba foi morar no bairro Boa Vista, próximo ao Parque Bacacheri. A partir de 2003 mudou-se para o bairro do Juvevê e lá permaneceu até seu falecimento em 24 de agosto de 2018.
Francisco Toda limpava o terreno que hoje é disputado pela UPES (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas) e imobiliárias e construtoras. “Percebendo a situação de abandono do terreno, Francisco passou a limpá-lo gradativamente”, diz a justificativa. “Diariamente foi limpando e ajeitando o terreno até que ficasse completamente limpo. Os moradores do bairro começaram a trazer mudas de plantas e flores para serem plantadas no terreno, estabelecendo-se, então, laços de amizade”, disse.
O homenageado fez balanços para crianças brincarem e alguns bancos e mesas de madeira para as pessoas descansarem no local. A comunidade do bairro passou a desfrutar do terreno como se fosse uma verdadeira praça. “Francisco Toda amava Curitiba, sempre dizia que, de todas as cidades em que havia morado, era a mais limpa e bonita, talvez por isso tenha zelado com tanto amor o terreno que tinha visto abandonado, e olhado com tanto carinho os moradores do Bairro Juvevê”, afirmou Pessuti.
Outros projetos
Também foram aprovados os projetos de lei que declara de utilidade pública a Associação de Pais, Mestres e Funcionários da Escola Estadual Gelvira Correa Pacheco – APMF (014.00042.2018), de autoria de Jairo Marcelino (PSD), e o que denomina de Dálio Zippin Filho um logradouro público da cidade (009.00003.2019), de iniciativa de Julieta Reis (DEM).
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