Aprovada oficialização da Feirinha do Largo

por Assessoria Comunicação publicado 15/10/2012 15h50, última modificação 03/09/2021 10h31
Projeto de lei que oficializa a Feira de Artesanato do Setor Histórico de Curitiba, também conhecida como Feirinha do Largo da Ordem, foi aprovado na Câmara Municipal, em primeira discussão, na sessão desta segunda-feira (15). Para a vereadora Julieta Reis (DEM), autora da proposta, a regulamentação é necessária para evitar que o evento seja, um dia, retirado do centro histórico. Segundo ela, já houve tentativa de mudar o local de realização da feira, “o que não será mais possível, caso a matéria seja transformada em lei”, defendeu.
Em pronunciamento na tribuna da Casa, a parlamentar salientou a importância da feira, que classificou como um símbolo da cidade, “um local de encontro e convivência para os curitibanos, que ultrapassa finalidades comerciais”. Explicou, ainda, que a atividade foi iniciada nos anos 70, no governo Jaime Lerner, em conformidade com o Plano Diretor da época, que previa a revitalização da área que abriga duas das construções mais antigas de Curitiba, a Igreja da Ordem e a Casa Romário Martins. “De lá para cá, tornou-se um grande evento, que movimenta o setor econômico, a atividade imobiliária e o turismo”, apontou.
Debate
Durante a discussão, manifestaram-se favoráveis à proposição os vereadores Serginho do Posto e Nely Almeida, ambos do PSDB. No entanto, como líder do prefeito na Casa, Serginho ressaltou a necessidade de mudanças no texto, que o tornem mais abrangente. “Há a possibilidade de incluirmos, por meio de emenda, outras feiras de artesanato, mas vou consultar a prefeitura a respeito”.
Quem também levantou alguns questionamentos quanto ao documento foi Jair Cézar (PSDB). Na opinião do parlamentar, faltam critérios para estabelecer os limites territoriais da feira. “A cada ano que passa, são mais barracas que surgem. Este projeto poderia ser mais amplo e deveria ter sido discutido com os feirantes e a Fundação Cultural de Curitiba (FCC)”, avaliou. Além destas sugestões, o parlamentar propôs que a Câmara discuta outros problemas levantados pelos feirantes, como a necessidade de banheiros públicos no local, maior presença policial, bloqueio total de tráfego de veículos e nivelamento de calçadas, para favorecer o tráfego dos pedestres, além da possibilidade de proteger os artistas e suas obras das intempéries, com a implantação de cobertura física. A matéria retorna à pauta de votações nesta terça (6), em segunda discussão.