Aprovada inclusão do Festival da Carne de Onça no Calendário de Curitiba
Com 22 votos favoráveis, nesta terça-feira (15), a inserção do Festival da Carne de Onça no Calendário Oficial de Eventos de Curitiba foi aprovada, em primeiro turno, pelos vereadores da capital do Paraná. De iniciativa dos parlamentares Jornalista Márcio Barros (PSD) e Sidnei Toaldo (PRD), o projeto de lei reconhece a importância para a economia regional do festival, que é realizado desde 2014, quando diversos estabelecimentos da Grande Curitiba se reuniram para valorizar a carne de onça nos cardápios regionais.
“Qual a relevância desse projeto de lei para a cidade? Quando você vai para Morretes, pensa no barreado. Quando vai para a Bahia, pensa no acarajé. Quando vai para Belém, no Pará, é o tacacá. Goiás tem arroz com pequi. Aqui, em Curitiba, nós temos carne de onça. É uma iniciativa que fomenta o turismo, que faz as pessoas saírem de casa para desfrutarem do festival”, defendeu Márcio Barros, em plenário, lembrando que se trata de um pedido do Curitiba Honesta, projeto gastronômico desenvolvido por Sérgio Medeiros e Nilceia Almeida.
O projeto de lei que inclui o Festival de Carne de Onça no calendário oficial de eventos indica que ele seja realizado anualmente, no mês de setembro, durante três semanas (005.00175.2022, com emenda 033.00036.2022). “Tem sido muito bacana isso, com vários estabelecimentos participando do festival. Em 2016, a Câmara de Curitiba já fez do prato um patrimônio imaterial cultural da cidade, por meio da lei municipal 14.928/2016. Tico Kuzma (PSD) e Bruno Pessuti (Pode) elogiaram Barros e Toaldo pela iniciativa de valorizar o festival gastronômico realizado pelo Curitiba Honesta.
“A carne de onça não é de onça”, brincou Márcio Barros, explicando em plenário a origem do nome do prato típico de Curitiba. “O prato tem esse nome por conta de uma história que remete aos anos 1930, à época do clube de futebol Britânia, que foi um dos mais importantes que tivemos aqui e um dos primeiros a admitir jogadores negros no seu time. Lá, nos anos 1930, o Britânia tinha como um dos seus articuladores a figura do Cristiano Schmidt”, começou o vereador.
“O Cristiano Schmidt tinha um bar chamado Buraco do Tatu. Quando o time ganhava, ele fazia as comemorações lá, no Buraco do Tatu, onde uma das iguarias que ele servia para os jogadores era essa carne crua, bastante temperada. Daí surgiu o ditado que ‘essa comida nem onça come’, chegando ao nome ‘carne de onça’ para o prato”, contou Márcio Barros. Para ir à sanção do prefeito Rafael Greca, o projeto de lei precisa ser confirmado, nesta quarta-feira (16), em segundo turno pelos vereadores da Câmara de Curitiba.
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