Aprovada declaração de Utilidade Pública ao Instituto Qualicare

por Assessoria Comunicação publicado 25/11/2015 13h30, última modificação 05/10/2021 07h04
Com 26 votos favoráveis, os vereadores aprovaram em primeiro turno, nesta quarta-feira (25), que o Instituto Qualicare receba a declaração de Utilidade Pública (014.00018.2015). A iniciativa é da vereadora Noemia Rocha (PMDB) e com o documento a entidade poderá realizar convênios com o poder público, nos projetos sociais que desenvolve em Curitiba.
 
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Apoiador das campanhas nacionais de conscientização relacionadas à prevenção do câncer de mama, em prol do fim da violência contra as mulheres e pelo enfrentamento ao abuso sexual de crianças e adolescentes, o Instituto Qualicare é uma iniciativa que desenvolve suas atividades junto a empresas, governo e organizações do terceiro setor – em especial no segmento cristão. “É uma iniciativa ousada, totalmente apoiada no trabalho voluntário”, destacou Noemia Rocha. “É um instituto que traz resultados aos cidadãos de Curitiba”, completou.

Além da distribuição de roupas, calçados e campanhas de arrecadação para ações de conscientização, o Qualicare também promove apoio espiritual a pessoas hospitalizadas, privadas de liberdade e, em 2016, conciliará atividades esportivas e de evangelização no projeto “Jogada Perfeita”.

A declaração de utilidade pública é regulamentada, em Curitiba, pela lei 13.086/2009. As condições para que o título seja concedido são: realização de serviços de interesse da população, sede na cidade, documentação em dia e apresentação de relatório de atividades. Neste sentido, Chicarelli (PSDC) pediu aparte para elogiar a documentação do Instituto Qualicare, considerado por ele “muito completo”.

Assistência Social
O debate sobre a declaração de utilidade pública demorou mais de uma hora, após os vereadores Valdemir Soares (PRB) e Chico do Uberaba (PMN) julgarem apropriado associar à questão críticas às ações de assistência social da Prefeitura de Curitiba. “O Executivo poderia fazer mais parcerias com as organizações. Tem muito vereador aqui sendo mais presidente da FAS (Fundação de Assistência Social), pelo trabalho social que realiza. Se os vereadores tivessem 5% do que a FAS tem, a cidade teria muito mais ações sociais”, protestou Soares.

“Não ouvimos mais falar da FAS como antigamente, parece que a FAS não está fazendo mais nada. Virou a Não-Faz”, complementou, aproveitando-se do trocadilho com a sigla da instituição – ligada ao Executivo e dirigida pela primeira-dama, Márcia Fruet. Chico do Uberaba optou por afirmar que a FAS virou “Desfaz”, alegando que as gestões anteriores tiveram melhor desempenho que a atual.

“Quando a FAS fazia e funcionava, tinha no comando Fanny Lerner, Margarita Sansone, Marina Taniguchi, Fernanda Richa e Marry Ducci. A Márcia Fruet fica em segundo plano, mas ainda tem um ano para mostrar seu trabalho”, classificou Chico do Uberaba, dando como exemplo de redução nas ações de assistência social o aumento das pessoas em situação de rua em Curitiba.

Chico do Uberaba mostrou no telão do plenário foto em que apareciam colchões dispostos dentro da estação-tubo da praça Eufrásio Correia. “Daí disseram que a Guarda Municipal não pode retirar eles dali, que a medida foi impedida pela Márcia Fruet. Lógico que não pode, não tem onde acolher a população de rua”, criticou. Ele também citou a presença de barracas na praça Rui Barbosa. “O que é feito por essas pessoas?”, questionou.

Em determinado momento, Valdemir Soares e Chico do Uberaba sugeriram que a Câmara Municipal dispusesse de colchões para acolher as pessoas. O debate sobre o atendimento à população em situação de rua também envolveu os vereadores Julieta Reis (DEM), Sabino Picolo (DEM), Aldemir Manfron (PP), Jorge Bernardi (Rede) e Professor Galdino (PSDB).