Aprovada a obrigatoriedade de vidros blindados em bancos

por Assessoria Comunicação publicado 12/04/2010 19h10, última modificação 29/06/2021 08h45
Na semana em que a mídia volta a colocar em pauta a falta de segurança em bancos, a Câmara de Curitiba aprova projeto, de autoria do vereador Roberto Hinça (PDT), que prevê a instalação de vidros laminados resistentes a disparos de armas de fogo nas agências e postos de serviços bancários. O debate sobre a segurança, dentro e fora das agências, aconteceu na tarde desta segunda-feira (12), durante a sessão plenária. “O principal objetivo é proteger vidas, quer sejam funcionários, clientes ou transeuntes. É um projeto de total abrangência da comunidade curitibana”, frisou o parlamentar.
Respondendo aos questionamentos dos demais vereadores, Roberto Hinça esclareceu que os vidros deverão atender uma série de especificações, como película “anti-spall”, para a retenção de estilhaços, e nível de proteção III, de acordo com a norma internacional de blindagem do National Institute of Justice STD 0108.01. Este nível estabelece que o vidro especial deve suportar impacto de um projétil de fuzil modelo AK-47, que tem velocidade de 838 metros por segundo. O projétil de um revólver calibre 38 desenvolve uma velocidade de 259 metros por segundo.
Conforme a justificativa, a vulnerabilidade da segurança destes estabelecimentos compromete pessoas, especialmente em horários que antecedem e sucedem o período do expediente externo, naqueles momentos de abastecimento e retirada de numerários. Para garantir a segurança, Roberto Hinça defendeu a troca dos vidros das fachadas externas e divisórias internas das agências.
Nos apartes, os vereadores lembraram de outras medidas, algumas já transformadas em lei, que entraram em pauta e também visam a segurança dos cidadãos. Entre elas, a lei dos biombos, de autoria do vereador Paulo Frote (PSDB), em vigor desde agosto de 2009, e o projeto do vice-presidente da Câmara, vereador Tito Zeglin (PDT), que proíbe a utilização de aparelhos celulares dentro das agências, em tramitação na Casa.